Pela primeira vez, Santa Catarina no Parlamento Jovem

Gracieli Polak CANOINHAS O aluno Fábio Rodrigues, da 3 .ª série da E.E.B. Santa Cruz, de Canoinhas, conseguiu uma façanha inédita em Santa Catarina: aprovar um projeto de Lei no Parlamento Jovem, em Brasília. Com o projeto ?Obrigatoriedade de publicação de suplementos opcionais gratuitos em braile nas revistas de maior circulação nacional?, Rodrigues foi selecionado entre outros 77 da etapa final, realizada em Brasília, na quinta edição do Parlamento Jovem. Com aprovação unânime pelas comissões de avaliação e 98% de aprovação no plenário, o projeto será encaminhado à Câmara dos Deputados como Projeto de Lei Complementar à Constituição e ficará a disposição dos deputados, que poderão transformá-lo em Lei, caso achem relevante. De 10 a 14 de novembro, Rodrigues e deputados jovens de todos os Estados do País estiveram no Distrito Federal para apresentar seus projetos e acompanhar uma jornada parlamentar da Câmara. A iniciativa, que tem por objetivo possibilitar aos alunos de escolas públicas e particulares a vivência do processo democrático, nesta edição contemplou seis iniciativas em nível nacional, pela primeira vez uma catarinense. Segundo Rodrigues, que ficou bastante surpreso com a aprovação de seu projeto, a experiência de conhecer de perto o funcionamento do legislativo brasileiro foi única e significativa na aquisição de conhecimento. ?Foi uma oportunidade fantástica de conhecer o funcionamento da Câmara, porque tivemos palestras e visitas para esclarecer exatamente o que é realizado em Brasília. Não é um trabalho fácil?, afirma. PROJETO INCLUSIVO O estudante afirma que seu projeto foi desenvolvido com a intenção de promover a inclusão de portadores de deficiência, medida adotada pela escola em que estuda. ?Como aqui no colégio há uma turma para deficientes visuais, o assunto me interessou e, com ajuda dos professores, que sempre me orientaram em todas as fases do projeto, pude fazer uma proposta legal?, explica. Ele afirma que, mesmo que o projeto não possa levar seu nome na autoria ?somente parlamentares podem assinar projetos- ficará orgulhoso caso a proposta vire Lei, porque ela possibilitará maior inclusão dos deficientes visuais nos meios de comunicação.