Juiz concedeu limitar impedindo direção de realizar assembleia para formar outra Fundação

Edinei Wassoaski

CAÇADOR

 

Assembleia marcada para terça-feira, 13, para definir o estatuto da nova Fundação que deve manter a Universidade de Caçador foi cancelada por ordem judicial. Na semana passada, a UnC Caçador decidiu por meio de assembleia não participar do processo de unificação dos cinco campi da UnC por discordar da nova estrutura administrativa da entidade.

 

A decisão judicial foi tomada com base em ação impetrada pelo professor e historiador Nilson Thomé, um dos muitos professores da UnC Caçador que discordam da cisão. “O que foi votado (na assembleia da semana passada) foi se a UnC deveria participar da unificação, não a criação de uma nova Fundação”, explica Thomé.

A pauta da assembleia de terça-feira determinava “alterar o estatuto e criar nova entidade”. Uma nova reunião foi marcada para quarta-feira, 21. Thomé já impetrou outra ação pedindo o cancelamento da assembleia sob os mesmos argumentos. Paralelamente, outra ação impetrada pelo Diretório Central Acadêmico (DCE) pede a anulação do resultado da assembleia que deliberou pela cisão.

Em reunião na sexta-feira, 9, professores decidiram seguir com as aulas normalmente. Os dois dias de aula perdidos na semana passada devem ser repostos. Dois alunos por sala e professores formaram uma comissão que vai se reunir diariamente para acompanhar o desenrolar do processo.

Um grupo de acadêmicos estuda a possibilidade de depositar as mensalidades em juízo como forma de pressionar a direção da Universidade a rever a decisão da assembleia.

 

CURSOS PODEM SER MANTIDOS

 

 

Segundo o diretor-presidente da UnC Canoinhas, também presidente da Fundação UnC, Hamilton Wendt, há uma possibilidade de a Universidade de Caçador manter os cursos que têm hoje. Isso vai depender, no entanto, de um longo diálogo com a Fundação UnC. “Este ano tudo se mantém como está, até porque não queremos prejudicar os alunos, mas ano que vem teremos de conversar”, admite. A situação atual é óbvia. “Não posso transferir os cursos para uma Fundação que não existe”, lembra.

 

Mesmo com a boa vontade da UnC, porém, Caçador terá de obter autorização do Conselho Municipal de Educação para pleitear os cursos.

Esta semana, o deputado Reno Caramori, irmão do presidente do Conselho Curador da UnC Caçador, Rui Caramori, defendeu na Assembleia Legislativa a instalação de um campus da Udesc no município.

 

Prazo para campi se unificarem expirou

 

 

Os cinco campi da UnC tinham até quarta-feira, 14, para aderir ao processo de unificação. Quatro campi – Canoinhas, Curitibanos, Mafra e Concórdia – ratificaram o processo em reunião realizada em Caçador. Toda a documentação foi encaminhada a 25.ª Promotoria, sediada em Florianópolis, especializada em reger Fundações. No mesmo dia foi feita a transferência dos cursos da Reitoria para a nova Fundação UnC, cujo CNPJ será sediado em Mafra, o que não significa que a sede da reitoria tenha de ser na cidade. Canoinhas pleiteia sediar o centro administração da nova Fundação.

 

O próximo passo é a conclusão do plano de cargos e salários, que já está sendo elaborado.