Secretários garantem que profissionais serão chamados novamente em abril

 Dezenas de professores da rede municipal de ensino, aprovados por meio de teste seletivo para trabalhar em projetos dentro das escolas como o Cante e Dance e AABB Comunidade, desenvolvidos desde o governo passado, foram dispensados do trabalho nesta terça-feira, 11, um dia depois de terem começado a trabalhar. A justificativa é contenção de gastos.

Segundo professores ouvidos pela reportagem, um e-mail que circulou entre os diretores de escola, determinava a dispensa temporária dos professores. A princípio, eles devem ser chamados novamente em abril.
Ainda de acordo com os professores, os contratos foram assinados na semana passada e o trabalho começou nesta segunda-feira, 10. No dia seguinte, todos foram dispensados.
A situação provocou a indignação de toda a categoria. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais avalia entrar com mandado de segurança para garantir a contratação dos professores. O que agrava a situação é a lei que garante aos professores titulares 20% da carga horária como hora/atividade, espaço dedicado a preparo das aulas. Esse tempo era preenchido com as aulas dos projetos ministradas pelos que foram dispensados nesta terça-feira.
Na manhã desta quarta-feira, 12, uma comissão de professores esteve reunida com o prefeito Beto Faria (PMDB), que pediu que eles aguardem até sexta-feira, 14, quando ele e o secretário de Educação Hamilton Wendt devem se reunir com os diretores para tomar um posicionamento sobre a questão.
CONTRAPONTO
Wendt garantiu que até abril os professores admitidos em caráter temporário (ACTs) para trabalhar nos projetos devem ser chamados. “A possibilidade disso ocorrer é total”, garantiu.
Ele afirmou que, embora os contratos tenham sido assinados, eles não têm validade enquanto não saírem as portarias, o que não ocorreu ainda.
Secretário de Administração, Argos Burgardt, disse que as contratações foram suspensas por causa do comprometimento financeiro do Município. Segundo Burgardt, o Município ultrapassou os 50% do orçamento com folha de pagamento. O limite prudencial é de 51,3%.  “Os professores serão chamados, mas a partir de abril. Precisamos fechar a folha deste mês para ver se é possível contratar”, garante.