Proposta do Governo de abono de R$ 200 não agradou; professores prometem maior greve dos últimos tempos
CANOINHAS - O secretário de Estado da Educação, Paulo Bauer recebeu, na terça-feira, 12, em audiência, os coordenadores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) para apresentar a decisão do Governo do Estado de oferecer o Prêmio-Educação aos professores da rede estadual. A medida foi anunciada pelo governador Luiz Henrique, durante webconferência transmitida aos diretores das escolas estaduais. O incentivo de R$ 200 será concedido em duas etapas, sendo a primeira a partir de março e a segunda, de R$ 100, em agosto que, quando totalmente implementado, representará aos cofres públicos uma despesa mensal de R$ 6 milhões, conforme informa a Secretaria da Educação.
O valor anunciado equivale a um acréscimo de 25%, se considerado o piso salarial vigente para professores com licenciatura plena, em início de carreira.
Com a decisão, o Governo estima que a folha do magistério, levando em conta o crescimento vegetativo (promoções, méritos, cursos, triênios, etc), aumentará em 2008 11,52%, alcançando a cifra de R$ 1.315 milhões, sem encargos, considerando apenas o quadro do magistério vinculado à Secretaria da Educação.
O projeto de lei que instituirá o benefício será enviado em março à Assembléia Legislativa a título de indenização das despesas que os professores têm com compra de livros, equipamentos e materiais didáticos. Segundo o secretário, o estímulo aos docentes será coberto por meio da utilização dos 25% destinados pela Constituição Federal para a educação pública (ensino fundamental e médio) e não comprometerá a obrigação que o Governo estadual tem de destinar, no máximo, 50% da arrecadação total do Estado com a remuneração de servidores, conforme estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Além dos professores, também serão contemplados com a medida os Especialistas
NÃO AGRADOU
A proposta não agradou os professores. Segundo o presidente do Sindicato dos Professores de Canoinhas, Lauro Friedrich, a ameaça de greve em março, continua, caso o governo não apresente uma proposta de reajuste que seja incorporada ao salário. Amanhã, uma reunião do Conselho de Professores do Estado, marcada para acontecer em Curitibanos, deve colocar os presidentes de Sindicatos municipais atualizados sobre a negociação. Na próxima semana, os professores de Canoinhas devem se reunir para discutir a possível adesão a greve. No dia 5 de março, uma assembléia estadual deve definir as diretrizes da possível greve.
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