Governo promete para final de março obra iniciada há 5 anos

Edinei Wassoaski

CANOINHAS
 
Se a esperança é a última que morre, os 414 estudantes da Escola de Educação Básica Rodolfo Zipperer vivem um verdadeiro teste de resistência que, parece, vai ter fim no término de março, quando por conta da renúncia para concorrer a uma vaga no Senado, o governador Luiz Henrique (PMDB) não poderá mais inaugurar obras estaduais.
O teste de resistência é em relação ao prédio novo da escola, obra iniciada há cinco anos que está agora em fase de conclusão. “Tivemos aumento no número de alunos (passou de 364 para 414), todos estão esperançosos, aguardando ansiosos”, conta a diretora da escola Margareth Dambroski, que passou maus bocados no seu mandato que, caso mude o governo, termina também. Um incêndio, protestos de professores, colunas de concreto prestes a cair, interdição da Vigilância Sanitária e protestos de pais foram rotina para a diretora nos últimos cinco anos.
Na quarta-feira, 17, os alunos voltaram às aulas no prédio velho e em ruínas com a promessa de em março se mudar para o prédio novo, o que arrefeceu os nervos tanto dos pais quanto dos alunos. Os professores, que no ano passado conseguiram uma grande conquista ao serem incluídos em programa do Governo Federal que destinou R$ 18 mil para custear projetos de coleta seletiva de lixo, estímulo a literatura e ações que envolvam a comunidade. Um notebook e um data-show já foram comprados. “Isso prova que temos ótimos professores e alunos aplicados”, comemora a diretora.
 
OBRAS PARA MARÇO
 
Segundo funcionários da obra da nova escola, se não faltar dinheiro a nova sede do Rodolfo Zipperer fica pronta no próximo mês. O CN percorreu a construção na quarta-feira, 17, quando 26 homens trabalhavam. De acordo com a liberação da verba, 36 funcionários já chegaram a trabalhar, mas nos períodos de ‘pouco dinheiro’, apenas 12 estiveram na ativa.
Para que a escola seja colocada em funcionamento, basta colocar as portas e pintar, mas anexos que aguardam nova licitação como o auditório e a caixa d’água nem começaram a ser feitos.
Falta material bruto também na sala dos professores. Nas salas de aula, operários trabalham nos arremates do piso. Praticamente todas estão prontas.
O secretário regional Edmilson Verka (PSDB) garantiu ao CN há duas semanas, que até o final de março os estudantes estarão na nova escola.