Região compete com outros três Estados por unidade da agroindústria
CANOINHAS ? Matéria publicada no CN em 13 de julho destacou nota emitida pela assessoria de imprensa da Coopercentral Aurora, dando conta de que a empresa não tinha nenhuma intenção de investir na construção de uma unidade no Planalto Norte catarinense. Esta semana, conforme informou o jornal A Notícia, a empresa parece propensa a voltar atrás.
Segundo o jornal, a Coopercentral Aurora deve instalar um novo frigorífico de aves, fábrica de rações, granjas e incubatórios possivelmente em alguma cidade do Planalto Norte, somando um investimento de R$ 300 milhões, que poderá gerar até 3 mil empregos.
Entretanto, de acordo com o deputado Antonio Aguiar (PMDB), Santa Catarina concorre com três Estados para receber o investimento da agroindústria que será construída com recursos próprios e financiamento.
O novo frigorífico terá capacidade de abate de 300 mil frangos diários, o que deve aumentar em 30% a capacidade de processamento de aves da Coopercentral.
O Planalto Norte, mais especificamente Canoinhas, segundo Aguiar, é uma das quatro regiões selecionadas como possível local para a instalação do novo investimento da empresa, já que reúne condições como existência de produção de grãos e aves, oferta de água, proximidade a portos (São Francisco do Sul) e centros de consumo.
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A assessoria de imprensa da Aurora informou em nota enviada ao CN que a empresa negou a informação de que pretendia construir a nova unidade para evitar especulações, mas os estudos vêm sendo realizados há alguns meses.
Ainda de acordo com a assessoria, ?não há nenhuma definição acerca do local onde será construída uma nova indústria de abate e processamento de aves da Cooperativa Central Oeste Catarinense?.
A Aurora informa ainda que o presidente da empresa, Mário Lanznaster, acatando deliberação da assembléia geral, nomeou um comitê técnico para estudar a indicação do local para a futura unidade. Estão selecionadas para análise quatro regiões: Mato Grosso do Sul, Paraná, Planalto Norte catarinense e Rio Grande do Sul.
Entre as variáveis em análise situam-se a existência de base produtiva de grãos e de aves, a oferta de água, a proximidade com portos e centros de consumo, a disponibilidade de mão-de-obra e os incentivos fiscais (isenções e imunidades) e incentivos materiais (terreno, terraplenagem, acesso, asfaltamento, rede de energia etc) do Poder Público.
O processo decisório interno envolve o comitê técnico, o Conselho de Administração e a assembléia geral e deve ser anunciado em outubro.
Depois de iniciada, a execução da obra levará 12 meses para ser concluída.
Aguiar adiantou que a prefeitura já está preparada para o investimento, selecionando terrenos de 100 alqueires para oferecer à Aurora. Há dois meses, uma comitiva de Canoinhas esteve em Chapecó e foi recebida pelo presidente da Aurora para oferecer a infra-estrutura do município à empresa.
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