Na terça-feira, 18, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

CANOINHAS ? Na terça-feira, 18, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, entidades governamentais e não-governamentais que formam a Comissão municipal de enfrentamento à violência infanto-juvenil, promoveram  diversas ações  buscando chamar a atenção para a data e o tema. A ação mais efetiva aconteceu no calçadão central, com apresentação de números culturais, distribuição de folhetos e conversa com a comunidade.

 Paralelamente aconteceram ações nas escolas, com palestras, projetos e ações voltadas à identificação, denúncia e prevenção da violência. Acadêmicos do curso de serviço social da Universidade do Contestado (UnC) realizaram ações em seus municípios de origem, colocando faixas  e desenvolvendo atividades relacionadas ao tema. À noite as faixas foram expostas na UnC.

O curso de artes visuais da UnC montou uma exposição temática em frente ao hall da secretaria acadêmica com obras relacionadas à campanha.

O dia 18 de Maio

Com o objetivo de atrair a mídia e mobilizar a sociedade para o enfrentamento dessa problemática, representantes de 80 organizações governamentais e não-governamentais que atuam na prevenção e combate a violência sexual contra esses jovens propuseram a criação de um dia nacional de combate ao abuso e exploração sexual comercial de crianças e adolescentes, a ser destacado, todos os anos, no dia 18 de maio.
Esse dia foi instituído pela Lei Federal n° 9.970/2000 que tem por objetivo mobilizar a sociedade brasileira e convocá-la para o engajamento no combate ao abuso sexual intra e extrafamiliar da exploração sexuais comercial de crianças e adolescentes.

O que é a violência sexual contra crianças e adolescentes

Violência sexual é qualquer situação de jogo, ato ou relação sexual, heterosexual ou homosexual, envolvendo uma pessoa mais velha e uma criança ou adolescente. Ela se expressa de diversas formas categorizadas no abuso sexual intra e extrafamiliar e na exploração sexual comercial - prostituição, pornografia, turismo sexual e tráfico.

Quem é o agressor

O abuso sexual pode ocorrer na rua, praticado por desconhecidos, mais freqüentemente é o pai, padrasto, avô, parente próximo, amigo, vizinho. Ou seja, o agressor; na maioria das vezes, é alguém que pertence ao ambiente familiar ou de conhecidos da vítima.

A exploração sexual é uma prática comercial e de aliciamento envolvendo dinheiro, troca de favores, presentes ou comida. Os agressores são o usuário, o aliciador e as redes de intermediação que obtém lucro com a compra e venda do uso do corpo de crianças e adolescentes na forma de mercadoria.

Como identificar uma criança ou adolescente vítima de violência
Não podemos falar de fatores isolados como indicadores de violência sexual, porém a evidência e combinação de alguns fatores no comportamento da criança e do adolescente constituem indicadores de possível violência sexual:

• Conhecimento e interesse precoce sobre questões relacionadas ao sexo;
• Manifestação precoce da sexualidade;
• Dificuldade de relacionamento em grupo e isolamento social;
• Marcas físicas constantes, como hematomas e lesões;
• Queixa de dores nos órgãos sexuais;
• Perturbações psicoemocionais;
• Problemas com o sono como pesadelos e insônia ou medo de dormir;
• Falta de confiança em adultos e medo de pessoas do sexo oposto;
• Tentativa de suicídio;
• Baixo rendimento escolar;
• Fugas freqüentes do lar;
• Perda de apetite e/ou obesidade;
• Mudanças repentinas de humor;
• Comportamento agressivo;
• Aparecimento de sintomas de DST.

Comportamento de criança ou adolescente violentado

A criança e o adolescente violentados sexualmente costumam adotar o conhecido "muro do silêncio". Por medo, freqüentemente de ameaças por parte do agressor, por vergonha, por autoproteção ou mesmo por não ter consciência do que está acontecendo consigo, a criança não fala, não denuncia.
 
Conseqüências da violência sexual

Graves conseqüências, a curto e longo prazos, podem seguir o abuso sexual de crianças e adolescentes. As mais conhecidas são a gravidez precoce e indesejada, a contaminação por DST/AIDS, distúrbios psicoemocionais; prostituição infanto-juvenil e, até mesmo, o suicídio.

O que fazer

Você pode salvar muitas crianças e adolescentes dessa cruel e humilhante forma de opressão e violência.

DENUNCIE!
Disque-Denúncia Nacional

0800 99 0500

A ligação é gratuita, com sigilo garantido.