Em Canoinhas todos os funcionários que estavam em greve desde a sexta-feira, 7, voltaram a trabalhar
Sete dos 11 funcionários da área operacional dos Correios de Canoinhas aderiram a greve dos Correios na sexta-feira, 7. De acordo com Elvis Erzinger, que é líder sindical em Canoinhas, os funcionários só aderiram à greve por conta de uma ordem que obrigava os funcionários a trabalhar nos finais de semana para cobrir os municípios de Mafra, Caçador e Joaçaba, onde os carteiros já estão em greve desde o início do movimento. Apenas cinco funcionários aceitaram trabalhar no final de semana.
Segundo Erzinger, que trabalha há nove anos como carteiro, na semana passada um funcionário recebeu ordem para fazer a entrega de correspondências em outro município e, por conta disso, os outros tiveram de trabalhar dobrado para cobrir a área. “A gerência de Canoinhas foi comunicada que se mais funcionários saíssem para cobrir área em outros municípios, entraríamos em greve”, explica Wagner Padilha, que trabalha há seis anos como carteiro.
A GREVE
O principal motivo para o começo da paralisação, iniciada no dia 14 de setembro, era a rejeição da empresa pelos pedidos. A Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios Telégrafos (Fentect) pedia R$ 400 de aumento linear, mais 6,87% de inflação. Depois de muitas negociações sem sucesso, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu na terça-feira, 11, durante julgamento do dissídio coletivo dos Correios, que a greve da categoria não é abusiva. Entretanto, o tribunal autorizou a empresa a descontar dos funcionários sete dos 28 dias não trabalhados. E determinou a volta ao trabalho a partir de quinta-feira,13, sob pena de multa. Em Canoinhas todos os funcionários que estavam em greve desde a sexta-feira, 7, voltaram a trabalhar ontem.
ENTREGAS
De acordo com os Correios, cerca de 184 milhões de correspondências estão atrasadas em todo o País. A previsão é que, retomado o trabalho na empresa, elas sejam normalizadas entre 7 e 10 dias.
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