Hospital de Retaguarda pretende reabilitar pacientes em até dez dias depois que saem da UTI, além de orientar família sobre cuidados
O Hospital Félix Gomes da Costa, de Três Barras, está cadastrado como Hospital de Retaguarda em um programa federal implantado em dezembro de 2012. O objetivo do programa, de acordo com o diretor técnico do hospital, doutor Vagner Trautwein, é receber pacientes de todo o Estado que necessitem de cuidados hospitalares depois da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), para reabilitação, orientações à família e encaminhamento para o programa Estratégia de Saúde da Família (ESF).
Trautwein explica que o programa é simples e eficiente: o paciente sai da UTI e, quando não pode voltar para casa, é encaminhado aos hospitais de retaguarda para reabilitação. O Hospital Félix Gomes da Costa é a referência do programa na região. “Aqui, a programação é que o paciente fique de cinco a dez dias, para dar tempo de uma recuperação eficiente”, diz.
Para se cadastrar no programa, o hospital precisou garantir a presença de profissionais da área médica, enfermeiro, técnico em enfermagem, assistente social, fisioterapeuta, psicólogo e fonoaudiólogo. A equipe no hospital tresbarrense está completa e atende, desde o final de 2013, pacientes por esse programa.
Quem encaminha os pacientes ao hospital de retaguarda são os hospitais com UTI. Eles fazem o contato com a Central de Leitos, que confirma qual hospital de retaguarda tem disponibilidade de receber o paciente na região. É pelo programa de Retaguarda que o paciente é avaliado por toda a equipe. Porém, os profissionais também ficam à disposição dos outros pacientes do hospital que não estão inseridos pelo programa.
Segundo o diretor técnico, são 20 leitos disponíveis no Hospital para o Retaguarda. Em todos, há espaço para acompanhante, como uma exigência para o tratamento, em quartos individuais ou coletivos. “Também temos toda a estrutura de equipamentos necessários para o início da reabilitação, de monitoramento e emergência”, comenta Trautwein.
Para o médico, os hospitais da região ainda precisam conhecer mais o programa. “Ainda estamos começando. O Retaguarda aqui está caminhando lentamente. Temos uma estrutura disponível, profissionais habilitados, mas não temos muita procura.” De acordo com Trautwein, o sistema de transferência dos hospitais de emergência para os de retaguarda é eficiente e vantajoso. “Nosso hospital recebe um adicional pelo programa. Não temos lucro, mas, diferente dos outros hospitais, não temos prejuízo com a permanência do paciente aqui.”
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