Interdição aconteceu depois que sustentação do teto desabou na segunda-feira, 26
CANOINHAS ? Construído no final da década de 1940, o prédio que abriga o 3.º Batalhão de Polícia Militar de Canoinhas, começou a dar sinais inquestionáveis de debilitação. Na segunda-feira, 26, uma das armações de madeira que dá sustentação ao teto do prédio de dois pavimentos, cedeu e veio abaixo, chegando a ameaçar atingir o primeiro pavimento depois de atingir o assoalho do segundo. Se atravessasse o assoalho, a sustentação atingiria a sala do comandante tenente coronel Luiz Roberto de Carlos.
Na tarde do mesmo dia, a Defesa Civil interditou o prédio. O grande problema agora, de acordo com o comandante, é onde instalar o centro administrativo da PM. ?Temos que agradecer a Deus que não havia policiais dentro do prédio no momento em que a sustentação caiu?, disse De Carlos. Não há expediente pela manhã no centro administrativo do BPM.
OBRA PARALISADA
A novela da reforma do 3.º BPM começou há mais de um ano. Autorizada e licitada pelo Governo do Estado, a reforma do segundo pavimento foi apenas iniciada por uma empreiteira de Florianópolis que abandonou a reforma ao perceber que os R$ 146 mil licitados não pagariam nem metade da reforma. Hoje, o Governo luta na Justiça para fazer a empresa honrar o contrato.
Com o incidente de segunda-feira, no entanto, a situação chegou a tal ponto, que não há como esperar, afirma o comandante De Carlos.
Há duas semanas, De Carlos se reuniu com o prefeito Leoberto Weinert (PMDB), o secretário regional Wilson Pereira (PMDB) e o deputado estadual Antonio Aguiar (PMDB) para pedir ajuda no sentido de concluir a reforma. De Carlos garante que os políticos estão se empenhando, mas chama atenção para a urgência da situação. ?Sinceramente não sei como iremos trabalhar sem nossa sede?, afirma desolado, ressaltando, no entanto, que o policiamento das ruas segue inalterado. ?O que está comprometido é o nosso trabalho burocrático?, afirma.
Pereira esteve na terça-feira, 27, em Florianópolis e entregou o laudo dos técnicos da Defesa Civil ao secretário estadual de Segurança Pública Ronaldo Benedet. ?O incidente facilita, de certa forma, a liberação de recursos da Fazenda?, reconhece Pereira. O secretário não soube dizer, no entanto, se é intenção de Benedet adjetivar nova verba no orçamento da empresa que iniciou a obra ou se um novo processo licitatório será aberto. ?O importante é que estamos mobilizados esta semana com o objetivo de resolver a questão?, afirmou Pereira.
Como medida paliativa, foi cotada a locação temporária de um prédio para abrigar o setor administrativo da PM.
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