Vereadores se mobilizam para que a obra seja retomada
CANOINHAS ? Ação da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) no sentido de embargar a obra da Travessia Urbana, iniciada em fevereiro às margens da BR-280, no trecho compreendido entre as pontes dos rios Canoinhas e Água Verde, ecoou na Câmara dos Vereadores na terça-feira, 7.
A ação, de acordo com o coordenador regional da Fatma, Régines Roeder, foi tomada embasada em um pedido da Promotoria Pública. De acordo com Roeder, uma audiência pública se faz necessária para analisar o impacto ambiental que uma obra como essa acarreta. Roeder afirmou que a obra está agredindo o meio ambiente, inclusive com corte de árvores em Áreas de Preservação Permanente (APP) ao longo do trecho.
A Empresa Castelar Engenharia S/A, de Curitiba, responsável pela obra, foi multada em R$ 550 mil por não ter autorização da Fatma para tocar a obra.
Fontes ligadas a Fatma, no entanto, garantem que a licença foi liberada na semana passada.
?Queremos deixar bem claro que a Fatma não é contrária a realização da obra, mas faz-se necessário que a empresa obedeça a legislação ambiental?, afirmou Roeder.
Não é o que pensa boa parte dos vereadores. Na terça-feira, Bene Carvalho (PMDB) classificou de ?brincadeira movida por picuinhas políticas? a atitude da Fatma. Bene lembrou do trabalho da classe empresarial que tanto lutou pela obra e da presença da senadora Ideli Salvati e do deputado federal Carlito Merss, ambos do PT, no ato de assinatura da ordem de serviço como nomes que embasam a legalidade da obra. ?Tem muita gente torcendo para que a obra não saia e que esse dinheiro vá para outro lugar?, alfinetou. Bene concluiu conclamando os demais vereadores a lutarem pela retomada da obra.
REUNIÃO COM O PROMOTOR
Na manhã de quarta-feira, 8, nove vereadores se reuniram com o promotor Renato Corte, apontado por Roeder como o responsável pelo embargo. Segundo os vereadores, Corte negou que tenha mandado embargar a obra. Corte teria dito que apenas pediu que a Fatma verificasse a legalidade ambiental da obra.
A reportagem do Correio do Norte procurou Corte para confirmar a informação, mas não foi atendida.
RUMO A FLORIANÓPOLIS
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