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Secretário dos EUA viaja ao México e Equador enquanto ameaça Venezuela (Fotos: Agência Brasil)
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos (EUA), o secretário de Estado Marco Rubio (à esquerda na foto), viajou ao México nesta terça-feira (2) e, em seguida, vai ao Equador para discutir medidas de combate às drogas em meio às ameaças de invasão militar dos EUA contra a Venezuela.
A Casa Branca acusa o governo da Venezuela de liderar um cartel de drogas e, sob esse argumento, tem mobilizado navios militares na costa do país caribenho. A acusação de que a Venezuela seria um narcoestado é rejeitada por especialistas em mercado mundial de drogas.
Em nota, o órgão equivalente ao Ministério das Relações Exteriores dos EUA informou que as visitas desta semana ao México e ao Equador vão tratar das prioridades-chave da Casa Branca, entre elas, as ameaças narcoterroristas.
Isso inclui medidas rápidas e decisivas para desmantelar cartéis, interromper o tráfico de fentanil, acabar com a imigração ilegal, reduzir o déficit comercial, promover a prosperidade econômica e neutralizar atores malignos extraterritoriais, diz o comunicado.
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (2), a presidenta do México, Claudia Sheinbaum (ao centro na foto), descartou que a Casa Branca possa intervir diretamente em território mexicano contra os cartéis de drogas do país latino-americano.
Não aceitamos interferência, violação do nosso território ou subordinação, mas sim colaboração entre nações em igualdade de condições. É isso que colocamos na mesa e foi aceito, disse a presidenta na tradicional coletiva matinal à imprensa.
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Venezuela
Já o governo venezuelano diz estar pronto para enfrentar um possível ataque dos EUA. Em coletiva de imprensa à mídia internacional nessa segunda-feira (1º), o presidente Nicolás Maduro afirmou que os EUA mobilizaram oito embarcações de guerra e um submarino nuclear, com 1,2 mil mísseis, apontados contra o país sul-americano.
É uma ameaça extravagante, injustificável, imoral e absolutamente criminosa e sangrenta", disse Maduro, acrescentando que declarará o país uma república em armas caso seja atacada pelos EUA.
O presidente venezuelano argumenta que essa é a maior ameaça ao país dos últimos 100 anos e que o secretário Marco Rubio quer arrastar o governo Donald Trump para uma guerra na América Latina e no Caribe.
Querem arrastá-lo para um banho de sangue, para que seu sobrenome, Trump, fique manchado de sangue para sempre. Com um massacre contra o povo da Venezuela, com uma guerra terrível contra a América do Sul e o Caribe, porque isso seria uma guerra generalizada em todo o continente, alertou o chefe do Palácio Miraflores, em Caracas.
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