Pobreza é tão inimiga da democracia quanto extremismo, diz Lula na ONU

Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil

Pobreza é tão inimiga da democracia quanto extremismo, diz Lula na ONU

Ao discursar na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta terça-feira (23), que a pobreza é tão inimiga da democracia quanto o extremismo.

A democracia falha quando as mulheres ganham menos que os homens ou morrem pelas mãos de parceiros e familiares. Ela perde quando fecha suas portas e culpa migrantes pelas mazelas do mundo.

Por isso, foi com orgulho que recebemos da FAO [sigla em inglês para Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura] a confirmação de que o Brasil voltou a sair do mapa da fome neste ano de 2025. Mas, no mundo, ainda há 670 milhões de pessoas famintas. E cerca de 2,3 bilhões enfrentam insegurança alimentar, disse.

Para Lula, a única guerra em que todos podem sair vencedores é a travada contra a fome e a pobreza.

Esse é o objetivo da Aliança Global que lançamos no G20 e que já conta com o apoio de 103 países, destacou, ao avaliar que a comunidade internacional precisa rever suas prioridades.

Entre as prioridades citadas pelo presidente está reduzir os gastos com guerras e aumentar a ajuda ao desenvolvimento, aliviar o pagamento da dívida externa de países mais pobres, sobretudo os africanos, e definir padrões mínimos de tributação global, para que os super-ricos paguem mais impostos que os trabalhadores.