A delegação brasileira que participa da Flotilha é formada por 17 integrantes. Ao todo, mais de 500 pessoas, de diferentes nacionalidades, se uniram ao protesto que se identifica como uma ação pacífica e não violenta contra o genocídio em Gaza.
Até as 20h30 dessa quarta-feira, pelo menos 178 integrantes tinham sido capturados pelas forças israelenses. Entre elas, a ambientalista Greta Thunberg.
Em nota, a Anistia Internacional no Brasil diz que a captura das embarcações é ilegal.
"Nenhuma regra do direito internacional autoriza ataques a embarcações em livre navegação em águas internacionais. A missão da flotilha é pacífica, humanitária e legal." A nota também cobra dos países que seja garantida a passagem segura da flotilha até a chegada a Gaza para a entrega dos itens de ajuda humanitária.
Em São Paulo, ativistas, amigos, familiares dos brasileiros detidos começaram nesta noite uma vigília no Al Janiah, famosa casa de shows da cidade, fundada por refugiados palestinos. Eles também cobram apoio do governo para que os brasileiros sejam mantidos em segurança e pedem o rompimento das relações comerciais com Israel.
Ataque
Mais cedo, a flotilha internacional informou, em postagens nas redes sociais, que estava sofrendo agressões das forças israelenses. Uma transmissão de vídeo ao vivo de um dos barcos da flotilha mostrou passageiros com coletes salva-vidas sentados no convés, segundo informações da agência Reuters.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que sua Marinha entrou em contato com a flotilha para avisar que ela estava se aproximando de uma zona de combate ativa e violando um bloqueio legal, pedindo que eles mudassem o curso.
Após o ataque, a flotilha diz, em mensagens nas redes sociais, que as embarcações foram interceptadas "ilegalmente em águas internacionais".
"Transmissões ao vivo e comunicações foram cortadas. A situação dos integrantes e da tripulação continua sem informação. Isto é um ataque ilegal a uma ação humanitária e não armada. Estamos em contato com autoridades e instituições internacionais para solicitar a segurança e liberação dos membros", diz.
Na rede X, o ministério israelense afirmou que os barcos da flotilha foram "abordados com segurança" e que os passageiros "estão sendo transferidos para um porto israelense", conforme a Reuters.
Essa é a mais recente tentativa marítima de romper o bloqueio israelense a Gaza, onde maior parte do território foi reduzida a um terreno baldio após quase dois anos de guerra.
A flotilha esperava chegar a Gaza na manhã da quinta-feira, se não fosse interceptada.
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