O Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025 deverá registrar queda na abstenção em relação à última edição do certame, disse neste domingo (5) a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Segundo ela, o menor número de inscrições e de vagas neste ano fez um público mais especializado disputar os postos de trabalho.

Apesar de ter tido menos inscrições [neste ano], são mais de 761 mil inscritos, a gente tem uma expectativa de que o comparecimento proporcional será maior. Quase 600 mil pessoas dessas 761 mil acessaram o seu cartão de confirmação, portanto olharam o seu local de prova", afirmou.

"A nossa expectativa é que o número [de comparecimento] seja próximo a isso. Na verdade, são 565 mil, se não me engano, que acessaram o cartão e devem comparecer, declarou a ministra. 

Pouco antes das 12h30, a ministra visitou um centro universitário na Asa Norte, em Brasília, onde 7.068 pessoas estão inscritas para fazer a prova. Para a ministra, a queda no número de inscrições deve-se à redução do número de carreiras disponíveis e ao fim da novidade do formato de concurso unificado.

O primeiro ano foi uma grande novidade. Não havia concurso dessa dimensão há mais de dez anos no Brasil, declarou Dweck.

A gente viu que existe uma demanda reprimida muito grande, por isso aquela grande inscrição. Foram pouco mais de 2 milhões de pessoas inscritas e 1 milhão de pessoas que compareceram no dia da prova. Foi o maior concurso da história, mas eram 6.640 vagas. Então era uma quantidade de vagas muito grande e cargos que estavam havia muitos anos sem concurso.

Estatísticas

Na primeira edição do CNU, no ano passado, houve 2,1 milhões de inscrições, com 970.037 comparecimentos, o que resultou em abstenção de 54,12%. Segundo o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, o percentual ficou dentro da média de outros concursos.

Em 2025, o CNU registrou 761.528 inscrições para 3.652 vagas em 32 órgãos federais. Caso os percentuais de acesso ao cartão de prova se confirmem, a abstenção deverá ficar em torno de 25%.

Segurança

A ministra procurou tranquilizar os candidatos em relação à segurança do concurso. Dweck ressaltou que a operação da Polícia Federal que desmantelou, na semana passada, um esquema de fraudes na primeira edição do CNU e em concursos estaduais foi resultado do trabalho do ministério e de outros órgãos federais.

A operação que houve esta semana é fruto da nossa operação de segurança no primeiro concurso. Foi a troca de informações que a gente fez com a Polícia Federal, o próprio processo que a Polícia Federal trabalhou nesse concurso para poder desbaratar quadrilhas, mostrando que se alguém tentar algo, vai ser punido. Ter havido essa operação antes da data de hoje é muito importante, afirmou.

Segundo Dweck, dos seis candidatos investigados pela Polícia Federal pela suspeita de fraude no CNU, três foram imediatamente eliminados da segunda edição do certame. No entanto, a Justiça pediu mais informações para excluir outros três candidatos. A gente não pode tirar ninguém sem provas absolutas, declarou.

A ministra reiterou que o governo não permitirá que fraudadores roubem vagas dos concursados. O nosso compromisso é quem fizer a prova de forma honesta, correta e passar poderá entrar. [O governo] não deixará ninguém que fraudou entrar no lugar dessas pessoas, disse.

Próximas edições

A ministra reiterou que não haverá uma nova edição do Enem dos Concursos em 2026. Isso porque a proposta de Orçamento para o próximo ano enviada ao Congresso não prevê uma nova seleção. Apenas autorizações para poucos órgãos públicos e recursos para convocar os excedentes de candidatos que fizeram a prova de 2024 e de 2025, caso haja vagas no Poder Executivo Federal.

Tags

  • CNU 2025
  • Concurs
  • Esther Dweck