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Feminicídio: Ministras lamentam morte de servidoras do Cefet-RJ (Fotos: Agência Brasil)
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, lamentou nesta terça-feira (2) a morte das servidoras do Cefet-RJ, assassinadas por um colega de trabalho. Ela destacou a urgência do enfrentamento à violência ao afirmar que "não podemos banalizar e naturalizar a violência e lembrou que a pasta está em campanha pelos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência e do Racismo contra as Mulheres.
A manifestação foi endossada pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que reforçaram a importância de pactuar compromissos concretos de enfrentamento à violência.
A ministra da Igualdade Racial também classificou o episódio como extremamente grave.
Não dá para normalizar que duas servidoras sejam assassinadas no exercício de sua função, declarou.
Dweck avaliou que o caso revela um padrão estrutural de violência de gênero no ambiente de trabalho, uma expressão de um padrão de misoginia presente nos ambientes de trabalho, É muito triste constatar um caso típico de misoginia, de um homem que não aceita ser chefiado por uma mulher, afirmou.
As duas ministras defenderam ainda a adoção de um letramento antimachista como política estruturante de prevenção à violência contra as mulheres, nos espaços institucionais e no serviço público.
As declarações ocorreram durante o evento que marcou os 20 anos do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, coordenado pelo Ministério das Mulheres, em Brasília. O seminário Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça: Mais mulheres na liderança, mais equidade nas empresas, mais igualdade no mundo do trabalho foi palco de debates sobre os caminhos e desafios para ampliar a presença de mulheres em cargos de direção e a importância do Programa nas últimas duas décadas.
Programa Pró-Equidade
O Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça tem como objetivo estimular e institucionalizar políticas de igualdade de gênero e raça no ambiente de trabalho, especialmente em médias e grandes empresas, públicas ou privadas. Coordenado pelo Ministério das Mulheres, em parceria com a ONU Mulheres e a Organização Internacional do Trabalho, o programa busca reduzir desigualdades salariais e de oportunidades, ampliar a presença de mulheres, em especial mulheres negras em cargos de liderança, combater o racismo e o machismo institucionais, fortalecer políticas de diversidade, equidade e inclusão e promover ambientes de trabalho mais justos, seguros e igualitários.
O programa existe desde 2005 e está agora na 7ª edição e a EBC é uma das empresas participantes.
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