Iniciativa é uma estratégia para promover o desenvolvimento do Chap Hub – Ecossistema de Inovação de Chapecó

Compartilhar iniciativas, divulgar projetos de pesquisa e extensão, disseminar pesquisas realizadas e relatar experiências exitosas em modernizações de processos no setor do agronegócio. Com esses objetivos empresas e instituições integrantes do Chap Hub – Ecossistema de Inovação de Chapecó participaram, na última semana, do Café Agroinova: Conexões e projetos. A 2ª edição dessa iniciativa foi organizada pela Unochapecó, Pollen Parque Científico e Tecnológico e Instituto de Tecnologia Senai em Alimentos e Bebidas.

“A proposta surgiu a partir de uma demanda interna da governança local que identificou a necessidade de conhecer os projetos de pesquisa das demais instituições que compõem o Ecossistema Local de Inovação de Chapecó. Então, o intuito é de aproximar as entidades, alinhar as propostas e identificar oportunidades para trabalhar de forma conjunta, em prol do desenvolvimento da nossa região”, explicou a consultora de inovação do Sebrae/SC, Alana Patrícia da Silva.

Nessa edição, estiveram representantes do Sebrae/SC, Pollen Parque, Epagri, Unochapecó, Udesc, Instituto de Tecnologia Senai, Unisenai, Biorefinar e Conseil Projetos de Inovação. “Foi uma oportunidade para promover a conexão e a sinergia entre os diferentes atores do ecossistema, além de identificar possibilidades de parceria. Como participaram diferentes instituições de ensino conhecemos seus projetos de pesquisa e extensão voltados para a cadeia produtiva do agronegócio, o que foi muito interessante”, analisou Alana.

O analista de projetos da Unochapecó/Pollen Parque Científico e Tecnológico, Renê Luiz Anziliero, ressaltou que essas iniciativas buscam gerar valor, negócios, aproximação e conhecimento. “Foram apresentações muito ricas, cada uma em uma área diferente, mas todas abrangendo o agro. Os participantes questionaram, contribuíram, debateram, então, o evento foi bem dinâmico”, avaliou. Como destaque Renê citou a contribuição de representantes vindos da Colômbia, que buscam parcerias e desenvolvem pesquisas na cidade de Chapecó.

“O fortalecimento do ecossistema ocorre porque a cada edição do Café Agroinova novas pessoas participam. Aos poucos começamos a somar esforços, desenvolver outras atividades e renovar as visões. E, isso tem proporcionado resultados positivos no fomento do ecossistema local de inovação. Essa metodologia, inclusive, serviu de inspiração para outras verticais em Chapecó”, acrescentou Renê.

Para a Dra. em Microbiologia e pesquisadora do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas, Karine Lena Meneghetti, essa iniciativa integradora faz com que as instituições locais se aproximem, se conheçam, saibam as suas competências e entendam que juntas podem propor soluções para os desafios das indústrias da região. “Nos fortalece porque, por vezes, buscamos algum serviço longe sem saber que poderíamos estabelecer a parceria aqui mesmo. O fato de nos conhecermos é mais eficiente porque no momento que temos um novo desafio sabemos a quem recorrer”, enfatizou ao comentar que essas informações também servem de subsídio para apresentar o ecossistema para outras regiões.

Karine complementou que nesses encontros ficam perceptíveis as diferentes visões em relação as demandas regionais. “Percebemos que, às vezes, um desafio que chegou para uma instituição é o mesmo solicitado para outra entidade. As indústrias têm dificuldades semelhantes, então, o ecossistema poderia mapeá-las e propor soluções conjuntas, principalmente, por acesso a fontes de fomento que poderiam aproximar as instituições de ensino, as instituições de ciência e tecnologia do setor produtivo”, ressaltou. Por fim, comentou que para o Senai essa participação é fundamental por compreender que pode contribuir para a inovação da região.

ITINERANTE

A ideia do Café Agroinova é de que seja um evento itinerante, tanto na instituição que sedia quanto nas entidades que organizam a edição.  O primeiro do ano foi realizado no mês de julho na Epagri, o segundo no mês de setembro no Pollen Parque e a terceira e última de 2024 está prevista para ocorrer na UDESC. “Esse formato foi escolhido, justamente, para que os participantes possam conhecer os diferentes espaços dentro do ecossistema, que são suporte para pesquisa, desenvolvimento e inovação do setor do agronegócio”, expôs Alana.

Renê complementou que na 1ª edição as instituições que fazem parte dessa Governança Setorial do agro apresentaram seus objetivos e serviços disponíveis. “Participaram empresas financeiras, instituições de ensino e de pesquisa. Já no 2º encontro, a temática esteve voltada a parte científica e de extensão. É uma ação simples, porém muito importante”, esclareceu ao enfatizar que o número de participantes tem aumentado a cada encontro.

Outro diferencial da proposta é o café colaborativo, no qual cada participante leva um prato de alimento para compartilhar no encontro. “Iniciamos as atividades com essa integração que vai se fortalecendo nas apresentações”, afirmou Renê.

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