O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na manhã desta terça-feira, 3, que precisava se ausentar de um evento promovido pela revista piauí para atender a uma ligação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Mais cedo, também nesta terça, Haddad havia dito que tinha apresentado um cardápio de medidas alternativas ao decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e que estava pendente a apresentação ao presidente Lula.

Durante o evento da piauí, Haddad já havia sinalizado, por volta das 10 horas, que precisava se ausentar para fazer uma ligação. Foi pedido ao ministro que respondesse a mais uma questão, o que ele aceitou.

Enquanto falava, seus assessores o alertaram de que ele precisava atender a um telefonema. "Eu vou ter que retornar para o presidente da República", disse o ministro encerrando a entrevista. Ele deixou o local já ao telefone e deve retornar para a sede do ministério da Fazenda, a princípio.

A conversa com Lula antecedeu à coletiva do presidente, iniciada pouco antes das 11 horas.

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República não informou se há um tópico específico sobre o qual o presidente falaria, mas há a expectativa de que Lula decida sobre as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Lula viaja para a França nesta terça.

Mais cedo, Haddad disse que apresentou a Motta e Alcolumbre um conjunto de medidas para sanear as contas públicas estruturalmente. As ações incluem uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e uma medida provisória. Eles se reuniram na noite da segunda-feira. As ações vêm na esteira da rejeição do Congresso ao aumento do IOF, com o qual o governo contava para turbinar a arrecadação este ano e em 2026.

O ministro relatou que o pacote será levado nesta terça-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para fechar detalhes sobre as medidas. A expectativa é de que haja definição sobre o tema até as 15 horas.