O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou no final da noite deste domingo, 8, que o decreto do governo que aumenta alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) será recalibrado, o que diminuirá "de forma significativa os seus efeitos". Segundo Motta, a proposta original causou "grande incômodo no Congresso".

"O governo apresentou uma medida provisória que, na nossa avaliação, ela traz uma compensação financeira para o governo, mas muito menos danosa do que seria a continuidade do decreto do IOF como foi proposto de maneira original", afirmou Motta, em entrevista coletiva após uma reunião de cinco horas e meia com Haddad e outros membros do governo e parlamentares na Residência Oficial da Câmara.

Segundo Motta, serão discutidas, em futuras reuniões, propostas apresentadas pelo ministro que tenham "viabilidade política" para serem aprovadas. Nesta semana, a equipe econômica vai detalhar as medidas, e o presidente da Câmara espera pautar os pontos consensuais em breve.

"Não adianta se gerar expectativa sobre uma medida se essa expectativa não tem a quantidade de votos necessária na Câmara e no Senado para ser aprovada", disse Motta.

O presidente da Câmara anunciou também que a proposta da reforma administrativa será apresentada no início de julho. Motta cobrou empenho do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), que é o coordenador do grupo de trabalho sobre o tema.