O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira, 25, que os empresários precisam deixar "interesses de lado" para pensar no equilíbrio econômico do País. O presidente também questionou onde está o "espírito cristão" da classe empresarial, dos políticos e de dirigentes. "Onde está o espírito cristão desses empresários, desses dirigentes, desses políticos? Onde que está a nossa compreensão de fraternidade", questionou o presidente, citando gastos globais com a indústria bélica.
De acordo com Lula, o debate público das medidas anunciadas pelo governo tem se concentrado em "interesses pequenos". O petista pediu que os agentes políticos pensem mais nas preferências do País. O presidente também afirmou que os empresários precisam "cuidar" do Brasil, e não ficar "jogando a responsabilidade" no Congresso ou no Planalto.
O presidente também disse estar "cansado" de ver empresários reclamando de impostos. Após pressão do setor e do Congresso, a Câmara pautou nesta quarta a votação do projeto de decreto legislativo que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
"A nossa carga tributária é menor que aquela em 2021. Mesmo assim eu estou cansado de ouvir empresário falar da carga tributária. Só não fala de R$ 800 bilhões de dívidas fiscais de desoneração, mas fica olhando no dinheiro da Educação para a gente cortar", afirmou Lula, que participou ontem do evento Combustível do futuro chegou: E30 e B15, realizado na sede do Ministério de Minas e Energia.
Ministros
Lula disse ainda que a imprensa tem necessidade por uma "desgraçada manchete" e que o que importa são "interesses escusos".
O presidente da República disse ainda que os ministros decidem apenas o que levam até ele, que é quem toma as decisões no Executivo.
"No meu governo, ministro não decide o que faz, ministro decide o que vai apresentar para mim. Quem decide se vai fazer ou não sou eu, ouvindo muitas outras pessoas", afirmou o presidente.
Ele defendeu o ministro da Economia, Fernando Haddad, que tem sido alvo de críticas. "Vocês sabem a seriedade com que o Haddad trata economia. Que nós estamos há quase três anos tentando consertar a economia. Primeiro foi a PEC da Transição e depois a reforma tributária", disse Lula.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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