Até o final de novembro, os reservatórios das hidrelétricas estarão com estoques de água entre 40% e 55%, patamar considerado bastante confortável para chegar a 2026 e não depender tanto das chuvas, disse há pouco o diretor de Planejamento do Operador Nacional do Sistema (ONS), Alexandre Zucarato.
Mesmo assim, o ONS prevê despachar um número maior de térmicas este ano para atender o consumo na ponta (entre 18h e 21h), ou seja, no fim do dia, quando a demanda por energia elétrica aumenta. Na pandemia,a ponta do consumo foi deslocada para a parte da tarde, mas,segundo o ONS, já
voltou à normalidade.
"O custo total da operação tende a aumentar, mas para quanto a gente não sabe", explicou o diretor de Operação, Christiano Vieira, ao ser perguntado sobre a tendência de manter bandeira vermelha na conta de luz dos brasileiros por conta dos maiores despachos térmicos.
O ONS teve que tomar medidas adicionais este ano para manter o Sistema Interligado Nacional (SIN) equilibrado. Zucarato deu como exemplo uma potência de 2,5 gigawatts (GW) proveniente de importação da Argentina, Uruguai e Venezuela, que normalmente não entra na conta da carga existente, mas que pode ser considerada.
"No cenário mais desfavorável, sem chuva, sem vento, sem, sol, se precisar (a importação) entra", disse Zucarato após apresentação presencial do Programa Mensal de Julho (PMO), o que não acontecia desde antes da pandemia. "O pior cenário é hipotético e pouco provável, mas é possível", ressaltou.
Deixe seu comentário