A 2ª edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) terá um dispositivo que exige a aprovação do mesmo número de homens e mulheres para a segunda fase de provas. A medida foi anunciada pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que explicou que a dinâmica não afetará o número de homens classificados.

Mantidos os critérios para avançar de fase, caso o porcentual de homens seja superior a 50%, mais mulheres serão convocadas até atingir a paridade. Em um exemplo com 20 vagas, seriam convocadas 180 pessoas para a segunda fase (nove vezes o número de vagas), sendo 117 pela ampla concorrência (65%) e 63 pelas cotas (35%). Se entre os 117 da ampla concorrência houver 65 homens e 52 mulheres, outras 13 mulheres serão chamadas.

Essa regra será aplicada a todas as cotas, cargos e especialidades. A nota final será composta pela soma das notas da prova objetiva, discursiva e de títulos (quando houver), aplicada igualmente a todas as candidatas e candidatos.

A ministra Esther Dweck disse que a política observa o resultado da primeira etapa do concurso. Ainda, reflexões sobre desigualdades de condições das mulheres, como a demanda por jornadas duplas entre trabalho e cuidados do lar. "E também o tipo de prova. Na discursiva (segunda fase), testa-se muito mais toda a bagagem do candidato", afirmou.

CNPU 2

A segunda edição do CPNU vai ofertar 3.652 vagas, entre imediatas e de curto prazo. Os cargos serão agrupados em nove blocos temáticos, com a mesma sistemática de inscrição para diferentes cargos dentro do mesmo bloco, com definição de lista de preferência.

A prova objetiva está marcada para o dia 5 de outubro. Já a discursiva será em 7 de dezembro. A divulgação dos resultados está prevista para fevereiro do ano que vem.