O Observatório de Negócios do Sebrae/SC realizou uma pesquisa para traçar o perfil e os hábitos de consumo em cinco municípios do estado: Florianópolis, Joinville, Blumenau, Chapecó e Criciúma. Ao todo, foram ouvidas presencialmente 3,6 mil pessoas com mais de 16 anos. A margem de erro varia entre 3,5% e 4%.
“A nossa intenção com o estudo é fornecer dados confiáveis para fortalecer a cultura de tomada de decisões entre os empreendedores catarinenses”, afirma Roberto Philippi Fullgraf, gerente de Gestão Estratégica do Sebrae/SC.
Perfil social, econômico e financeiro do consumidor
O levantamento é estruturado em cinco eixos estratégicos. O primeiro deles analisa o perfil do consumidor: a maioria é do sexo feminino (51,4%), com destaque para a faixa etária de 30 a 39 anos (21,7%), seguida por 20 a 29 anos (21,6%). Além disso, 46,3% têm ensino médio completo.
Em relação ao perfil econômico e financeiro, 43,8% dos consumidores entrevistados pertencem à classe C, seguidos por 32,9% nas classes A/B. A renda média mensal por domicílio varia de R$ 2.824,01 a R$ 7.060,00 para 43,8% dos respondentes. A moradia é própria para 52,2% e alugada para 39,3%.
Quanto à ocupação, 44,3% trabalham com carteira assinada e 16,8% atuam como autônomos. A parcela de domicílios que pelo menos um consumidor tem poupança ou investimentos em bancos chega a 52% .
Hábitos de compra
Os principais fatores que influenciam a decisão de compra são: atendimento (83%), preço (73,9%), qualidade do produto (61,9%) e descontos (59,1%), além de promoções, garantia, marca, prazo de entrega, parcelamento e indicação de familiares ou amigos.
Para 61,3%, é sempre necessário pesquisar preços antes de comprar. A internet é o principal meio utilizado (63,5%), somente 16,1% nunca ou raramente deixam de pesquisar preços. As formas de pagamento mais comuns são: PIX (57,6%), cartão de débito (50,4%) e cartão de crédito (50,3%).
A responsabilidade socioambiental das empresas é considerada importante ou muito importante por 89% dos consumidores. Além disso, 84% valorizam empresas que adotam políticas de diversidade e inclusão, citando como importante ou muito importante.
Sobre a importância de comprar de pequenas empresas locais, 89% consideram esse um fator relevante.
Quanto à frequência de compras online, 33% afirmam comprar eventualmente, 25,6% não compram pela internet e 41,2% fazem compras digitais pelo menos a cada 30 dias.
Relação com o comércio
A pesquisa também apontou as principais carências no comércio local. Para 49% dos entrevistados, não há falta de estabelecimentos em seu entorno. No entanto, 10,9% sentem falta de supermercados de maior porte, 9,9% mencionaram padarias e cafeterias, e 5,6% destacaram a ausência de lojas de roupas, moda e vestuário.
O hábito de comprar roupas, calçados e acessórios é eventual para 64,8%, e a maioria (61%) procura lojas no centro da cidade. O valor médio mensal destinado a esse tipo de compra varia entre R$ 306,69 a R$ 355,11.
O consumo de alimentos e bebidas ocorre semanalmente para 25% dos entrevistados, enquanto 23,9% fazem esse tipo de compra de uma a duas vezes por semana. Supermercados são a principal escolha para 74,9%, seguidos por atacarejos (64,5%). O gasto médio mensal com esses produtos varia entre R$ 965,71 a 1.143,48.
Já os produtos de higiene, cosméticos e cuidados pessoais são adquiridos a cada 30 dias por 50,8% dos entrevistados. Supermercados (74,1%) e farmácias (55,3%) são os locais preferidos para essas compras, com ticket médio que varia de R$ 212,51 a 239,01.
Relação com o setor de serviços
Para 52% dos entrevistados, não há carência de serviços na região onde vivem. Já 6% relataram a falta de serviços públicos e 5,4% mencionaram ausência de bancos ou caixas eletrônicos 24 horas.
O hábito de comer fora ou pedir comida é registrado a cada 15 dias por 16,3% dos respondentes, e de uma a duas vezes por semana por 15,6%. No entanto, 23,7% afirmaram não ter esse hábito. O gasto médio mensal com alimentação fora do lar é de R$ 288,81 a 394,76, e com medicamentos, R$ 178,89 a 253,34.
Em relação à saúde, 50,3% não possuem plano de saúde, e 69,7% não frequentam academia. Por outro lado, 61,8% afirmam praticar alguma atividade física, com a caminhada sendo a mais popular (44,5%).
Lazer
De forma geral, 62,5% dos entrevistados têm o hábito de ler livros, 59,8% costumam viajar e 50,8% frequentam o cinema.
“Com esse arsenal de informações, os empreendedores — desde os micro até os de grande porte — têm melhores condições de avaliar cenários e definir estratégias de investimento. Isso vale tanto para o próprio negócio quanto para potenciais novas iniciativas, aumentando as chances de sucesso”, destaca Cláudio Ferreira, coordenador do Observatório de Negócios do Sebrae/SC.
Sobre o Observatório de Negócios
O Observatório de Negócios tem como propósito compartilhar e disseminar conhecimento sobre o ambiente competitivo dos pequenos negócios, promovendo o uso estratégico de dados. Produz estudos de mercado voltados aos pequenos empreendimentos e subsidia o trabalho do Sebrae/SC.
Também realiza pesquisas nas seguintes áreas: competitividade dos pequenos negócios, cenário econômico catarinense, desempenho setorial, empreendedorismo e desenvolvimento territorial.
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Sobre o Sebrae/SC
O Sebrae/SC comemora, em 2025, 53 anos de dedicação ao fortalecimento dos pequenos negócios e ao fomento do empreendedorismo em Santa Catarina. Com presença em todas as regiões do Estado, a instituição oferece soluções que impulsionam o desenvolvimento econômico e social, apoiando milhões de empreendedores ao longo de sua trajetória. Reconhecido nacionalmente, o Sebrae é hoje a 4ª marca mais valiosa do país, com um ativo de R$ 33,9 bilhões, reflexo de sua credibilidade, impacto e compromisso com a transformação dos territórios onde atua. Em Santa Catarina, o Sebrae é parceiro estratégico de quem faz o estado crescer.
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