A Shopee assinou um acordo com a ApexBrasil e com os Correios para apoiar micro, pequenas e médias empresas brasileiras que queiram exportar para o Sudeste Asiático, com foco inicial em Cingapura. O Memorando de Entendimento (MoU) será formalizado na quarta-feira, 30, durante o evento E-Xport Meeting, em São Paulo.

A parceria prevê treinamento, apoio técnico para operação na plataforma da Shopee e assistência logística dos Correios, por meio do programa Exporta Fácil. A proposta é ajudar empresas a estruturar sua presença em marketplaces internacionais, em um momento em que o e-commerce ganha protagonismo nas exportações globais e que o mercado americano está ameaçado para produtos brasileiros.

Como parte do projeto-piloto, até dez empresas com potencial exportador serão selecionadas para começar a atuar no mercado de Cingapura ainda neste segundo semestre. A iniciativa também vai mapear entraves logísticos e comerciais enfrentados por pequenos negócios e identificar oportunidades para ampliar a presença de produtos brasileiros na região.

A Shopee, que iniciou suas operações no Brasil em 2020, contabiliza já reunir mais de 3 milhões de vendedores locais. O marketplace - segundo a empresa, acessado mensalmente por um terço da população nacional - tem mais de 90% das vendas realizadas por meio de vendedores locais.

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, acredita que parceria vai ajudar a melhorar a inserção do Brasil no e-commerce mundial. "Com essa união de esforços, sem dúvida damos um grande passo para consolidar nossa presença na Ásia", afirmou.

A expansão para o Sudeste Asiático ocorre em um momento de alta nas transações digitais: o e-commerce global movimentou US$ 11 trilhões em 2024 e deve crescer, em média, 10,7% ao ano até 2029, segundo dados da Euromonitor International.

No Brasil, o setor também segue em expansão. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o faturamento foi de R$ 204,3 bilhões em 2024 e deve chegar a R$ 234,9 bilhões neste ano, com projeção de atingir R$ 289 bilhões até o fim da década.