A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou nesta terça-feira, 29, por meio de nota que não recebeu demandas de seus associados sobre eventual necessidade de realização de leilões de câmbio, seja no mercado à vista, seja em linhas para financiamento do comércio exterior. "Os mercados de câmbio e de crédito ao comércio exterior seguem funcionando normalmente, com liquidez, transparência e formação regular de preços", garantiu a instituição.

A entidade também relatou que ainda não identificou que o anúncio sobre a imposição de tarifas sobre as exportações brasileiras pelos Estados Unidos tenha gerado impactos relevantes sobre os fluxos financeiros e de capitais entre os dois países. O presidente americano, Donald Trump, anunciou há 20 dias que as compras do Brasil seriam taxadas em 50% a partir de sexta-feira (1º), mas o governo doméstico tenta negociar suspensão da medida ou adiamento de prazos. "Assim, essa questão de leilões de câmbio, no momento, não faz parte da pauta de temas entre a Febraban e o Banco Central", garantiu a Federação.

Mais cedo, o Broadcast,sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, registrou que, com o câmbio próximo de R$ 5,60, bancos pedem leilões de dólar à vista para aliviar o impacto sobre exportadores, que enfrentam paralisação nas vendas aos EUA.