O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, disse nesta terça-feira, 19, que há frustração de expectativas com a ausência de "sinalização" sobre leilão de baterias. Ele indicou a possibilidade dessa tecnologia entrar já nos próprios leilões de transmissão de energia elétrica.
"A Aneel está se preparando para ser capaz de viabilizar a licitação de baterias como parte integrante de concessões de transmissão", disse o diretor-geral na reunião pública.
A ex-diretora Ludimila Silva, falando pela área técnica, declarou que de fato há condições de incluir esses equipamentos em futuros editais de leilão, uma vez definidos os requisitos e as localizações das baterias para atendimento ao sistema interligado.
A inclusão de baterias entre os empreendimentos licitados possibilitaria, conforme argumentou Sandoval Feitosa, a flexibilidade e a continuidade de energias renováveis no Sistema Interligado Nacional (SIN), reduzindo o risco de problemas de corte de geração por indisponibilidade do sistema, o chamado curtailment.
Ele mencionou ainda que o Plano Decenal de Expansão de Energia 2025 sinaliza a instalação de 800 MW de baterias no SIN, sendo que as primeiras estariam previstas para 2031.
"Destaca-se a oportunidade de proporcionar ao planejamento setorial, isto é, ao Ministério de Minas e Energia, ao Operador Nacional do Sistema Elétrico e à empresa de Pesquisa Energética, a possibilidade de considerar a licitação desses ativos nos leilões futuros", declarou Feitosa.
O diretor-geral da Aneel orientou ainda que sejam enviados ofícios ao MME, ao ONS e à EPE informando que a Agência está preparada para incluir essa opção tecnológica em futuros editais.
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