A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), publicada nesta quarta-feira, 20, indicou que a equipe técnica avaliou os riscos para a atividade como "inclinados para baixo, em vista do enfraquecimento do crescimento do PIB até agora neste ano e da elevada incerteza de política".

Segundo o documento, a equipe técnica também avalia que as tarifas devem aumentar a inflação este ano e "fornecer alguma pressão adicional em 2026", ao mesmo tempo em que a projeção seguia prevendo "enfraquecimento do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego subindo acima da taxa natural estimada até o fim do ano e permanecendo acima dela até 2027".

Na leitura do Comitê, "indicadores sugeriram que o crescimento da atividade econômica havia moderado no primeiro semestre" e que, na época da reunião, o desemprego permanecia baixo e o mercado de trabalho sólido.

Alguns membros, contudo, notaram sinais de perda de dinamismo. Já os dirigentes que divergiram da decisão de manutenção (Christopher Waller e Michelle Bowman) alertaram que o risco de queda no emprego havia crescido significativamente.

Sobre crédito, a ata relatou a avaliação da equipe técnica de que o desempenho no segundo trimestre foi, em geral, estável, ainda que "o crédito a pequenas empresas permanecesse contido, refletindo fraca demanda de tomadores". O documento também registrou que "as inadimplências de empréstimos estudantis dispararam no primeiro trimestre após o fim do período de transição para pagamentos", conforme a equipe técnica.

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