Bolsas da Europa fecham em alta, com avanço de siderúrgicas compensado queda de farmacêuticas
As bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 26, em recuperação das perdas da véspera, à medida que o bom desempenho de ações de siderúrgicas se sobrepôs à queda do setor farmacêutico após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas de 100% ao segmento.
Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 subiu 0,73%, aos 9.280,79 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,84%, a 23.733,09 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 0,89%, a 7.864,75 pontos. Já em Milão, o FTSE MIB subiu 0,96%, aos 42.646,23 pontos. O Ibex 35, em Madri, apontou ganhos de 1,44%, aos 15.354,50 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 fechou em alta de 0,49%, aos 7.953,02 pontos. As cotações são preliminares.
Segundo o Citi Wealth, os investidores não acreditam que as tarifas farmacêuticas terão um impacto real e significativo no final.
"Avaliar o impacto das tarifas sobre fármacos é difícil, pois muitas empresas farmacêuticas grandes já possuem instalações nos EUA e anunciaram expansões", diz a AMP.
O acordo comercial da União Europeia com os EUA deve proteger o bloco das tarifas do setor, afirmou um porta-voz do bloco ao Wall Street Journal. Os EUA e a UE acertaram, em julho, que Washington limitaria quaisquer tarifas futuras sobre produtos farmacêuticos, semicondutores e madeira da Europa a 15%.
Ainda assim, farmacêuticas europeias enfrentaram pressão nesta sexta, incluindo a dinamarquesa Novo Nordisk (-3,49%).
As ações dos fabricantes de caminhões tiveram baixo desempenho, refletindo a também nova tarifa de 25% sobre caminhões pesados do governo dos EUA. A Volvo cedeu 0,31% em Estocolmo, enquanto a Daimler Truck e a Traton, listadas em Frankfurt, caíram 1,70% e 2,27%, respectivamente.
Na ponta positiva, os grupos siderúrgicos alemães Thyssenkrupp e Salzgitter avançaram 3,42% e 4,81% após relatos da imprensa local de que a Comissão Europeia planeja impor tarifas de 25% a 50% sobre o aço chinês e produtos derivados.
*Com informações da Dow Jones Newswires