O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, afirmou, em entrevista ao CNN Money, que a Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) já resultou em R$ 3 bilhões em financiamento. O executivo, contudo, ponderou que esperava uma demanda maior, mas é preciso considerar que o mercado para os imóveis de classe média dentro do programa ainda não está estruturado. "O mercado deverá começar a fazer imóveis adaptados. Quando o MCMV começou, o mercado imobiliário levou tempo para se adaptar", afirmou.
Mesmo assim, Vieira afirma que o mercado da Faixa 4 dobra mensalmente, sustentando a visão de que se tornará um grande produto, inclusive pela demanda de retrofit de prédios antigos.
Vieira também defendeu que as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) não sejam taxadas. Segundo ele, a taxação afetaria toda a cadeia produtiva da construção civil, que gera empregos, contribui ao Produto Interno Bruto (PIB) e à arrecadação.
O presidente da Caixa destacou o papel da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) no diálogo com o Congresso Nacional para argumentar contra a medida. Na mesma linha, Vieira ressaltou que, em sua relação com o Legislativo, sempre destaca a importância do uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a habitação.
Em relação ao mercado de habitação, Vieira recordou que a Caixa produz R$ 1 bilhão por dia em contratos de financiamento imobiliário, devendo fechar 2025 com US$ 250 bilhões. "Apesar da taxa de juros, temos aumento da renda familiar", explicou.
Segundo o presidente do banco, são financiados 19 lançamentos de empreendimentos por dia e, diariamente, são feitas 318 mil simulações de financiamento habitacional.
Por fim, Vieira afirmou que a Caixa, que opera as loterias em todo o País, lançará, no fim de outubro, sua própria bet. "A plataforma gerará arrecadação e seguirá a linha do jogo consciente, que já seguimos nas loterias", explica.
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