A Fitch Ratings afirmou nesta quarta-feira, 1, que a paralisação do governo dos Estados Unidos "não tem implicações de curto prazo" para a nota soberana do país, mantida em 'AA+/Estável', mas ressalta "fraquezas históricas no processo de formulação de políticas" e a recorrência de disputas políticas em torno do orçamento.

Segundo a agência de classificação de risco, a paralisação reflete o desacordo sobre medidas fiscais, em especial cortes já aprovados no Medicaid e o fim de subsídios de seguros de saúde da Affordable Care Act, além da tentativa dos democratas de "proteger o poder do Congresso sobre o orçamento" diante do que consideram excessos do Executivo.

A agência acrescenta que continuará monitorando "o ambiente regulatório dos EUA, o Estado de Direito e os freios e contrapesos institucionais" no âmbito da análise de crédito soberano. Ainda assim, destaca que "o status predominante do dólar como moeda de reserva global, uma força material para a nota soberana, deve continuar no futuro previsível".