O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, buscou afastar críticas internas sobre o apoio ao governo de Javier Milei, da Argentina, nesta quinta-feira, 2. "Vamos dar a eles uma linha de swap, não vamos dar dinheiro para a Argentina", disse em entrevista à CNBC. Segundo ele, "não poderia haver ideia mais equivocada do que a de que estamos ajudando americanos ricos lá".
Bessent enfatizou que a medida não é um resgate, mas parte de uma estratégia maior. "O que estamos fazendo é manter os interesses estratégicos dos Estados Unidos no hemisfério ocidental", declarou.
O secretário acrescentou que a visão de "'America First' não significa apenas EUA", defendendo que evitar o colapso de países aliados é prioridade para Washington. "Quando você já tem um Estado falido como a Venezuela, não quer criar outro", alertou, ao definir a Argentina como "um farol lá embaixo", na América do Sul.
O secretário também projetou que o "efeito Milei" pode se expandir para outros países da região. "Há chances de que muitos países se juntem: Bolívia, Equador, penso que a Colômbia depois das eleições", avaliou, defendendo que o objetivo é conter a proliferação de "modelos econômicos falidos".
As declarações ocorreram após uma "ligação muito positiva" com o ministro da Economia argentino, Luis Caputo. "Espero ansiosamente receber a equipe de Caputo para avançar significativamente em nossas discussões sobre as opções de apoio financeiro", escreveu em publicação no X.
Bessent ainda reforçou que o Tesouro dos EUA está "plenamente preparado para fazer o que for necessário" e seguirá de perto os desdobramentos.
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