A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) rebateu acusações feitas pela Refit (ex-Refinaria de Manguinhos) de que a interdição cautelar, realizada no último dia 26, em conjunto com a Receita Federal, "carece de fundamento técnico e jurídico, configurando medida desproporcional e arbitrária".

Segundo o órgão regulador, a interdição cautelar foi realizada conforme a legislação vigente.

A medida permanece até que sejam esclarecidas as irregularidades encontradas durante a fiscalização, informou a agência.

"Na data, foi emitido, pela agência, auto de interdição à refinaria, ato que tem o objetivo de cessar uma conduta lesiva, que pode gerar danos ao consumidor, ao patrimônio público ou ao meio ambiente. A interdição cautelar foi motivada pelas irregularidades encontradas na fiscalização - irregularidades essas que, com base no art. 5º da Lei de Penalidades (Lei nº 9.847/1999), justificam o ato de interdição", informou a ANP.

A ANP e a Receita Federal interditaram a Refit - que se encontra em recuperação judicial - por irregularidades que incluem suspeita de importação irregular de gasolina e falta de controle de vazão.

A interdição é por tempo indeterminado e não deve afetar o abastecimento de combustíveis no Rio e em São Paulo, segundo autoridades.

Além disso, há suspeita de que não esteja sendo feito refino na unidade da empresa, localizada na capital fluminense.