O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (9) que qualquer medida para compensar a frustração de arrecadação com a queda da Medida Provisória alternativa à alta do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) só será revelada depois de conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ele declarou que o impacto fiscal para este ano é pequeno, mas que levará um cardápio de soluções para que Lula tome a decisão sobre o que fazer. O ministro afirmou ter tempo para pensar nas alternativas e que o presidente não abrirá mão de programas sociais com responsabilidade fiscal.

"Eu estou vendo já uma série de especulações que não correspondem à realidade, porque todas as alternativas, antes de serem oficializadas, vão passar pelo crivo da presidência. E, enquanto estiver aqui na Fazenda, não vai haver vazamento, como nunca houve, em relação ao que está sendo imaginado", afirmou, ao chegar à sede do ministério.

Ele enfatizou que as ideias só se tornam oficiais depois que passam por Lula e disse que levará ao petista diversos cenários possíveis a partir de agora. Segundo o ministro, o presidente ligou ontem a noite para saber um balanço da derrota e de quem teria atuado contra o governo.

"Nós temos tempo. Nós vamos usar esse tempo para avaliar com muito cuidado cada alternativa. Nós vamos conversar também com o relator de orçamento, isso tem um impacto orçamentário importante em emendas, em investimentos", disse.

Haddad afirmou que pode haver ainda corte de emendas parlamentares para fechar as contas, mas dentro das regras aprovadas pelo próprio Congresso para que isso ocorra dentro do Arcabouço Fiscal.

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