Itaipu está em fase final de instalação de usina solar flutuante e espera produção em novembro
A Itaipu Binacional já está em fase de finalização da instalação dos equipamentos e da conexão de cabos de energia e comunicação da sua ilha solar flutuante em seu reservatório. A previsão é que o projeto-piloto de 1 MWp (megawatt-pico) comece a operar em plena carga até o final de novembro.
A montagem e ancoragem da ilha com 1.568 painéis fotovoltaicos foi concluída na sexta-feira, 26, em uma área de 7.600 metros quadrados (m²).
Os testes de comissionamento a frio (sem geração de energia) para identificar possíveis falhas estruturais ou construtivas, e a quente (com energização dos equipamentos) estão previstos para novembro.
A Superintendência de Energias Renováveis diz que o cronograma de instalação "sofreu pequenos ajustes devido às chuvas e à necessidade de garantir a segurança dos trabalhadores e da operação da hidrelétrica".
A geração de energia será destinada ao consumo interno da própria Itaipu. O objetivo do projeto é avaliar a viabilidade técnica, os benefícios e os possíveis impactos ambientais da geração solar flutuante.
Os dados coletados ao longo de um ano servirão de base para decisões futuras sobre expansão do sistema, tanto na própria Itaipu quanto em outros reservatórios do Brasil e do Paraguai.
A Itaipu Binacional diz que, embora não haja planos imediatos de ampliação, estimativas iniciais indicam que cobrir 1% do reservatório com painéis solares poderia gerar até 3,6 TWh por ano - o equivalente a cerca de 4% da produção anual da hidrelétrica em 2023.
A usina diz, por meio de nota, que além da geração solar, mantém estudos e investimentos em outras fontes renováveis, como biogás, hidrogênio verde e microgrids.