Gleisi: Ficou claro que pequena parcela muito rica do País não quer perder privilégios
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse nesta quarta-feira, 8, que "ficou claro que a pequena parcela muito rica do País não admite que seus privilégios sejam tocados". A crítica da ministra foi feita por causa da derrota sofrida pelo Palácio do Planalto na medida provisória com medidas de arrecadação e contenção de despesas para compensar recuos no aumento de IOF promovido pelo governo.
Gleisi direcionou o ataque ao que chamou de "parcela muito rica do País". Não mencionou, em nenhum momento, o Congresso, partidos ou políticos específicos.
"Hoje ficou claro que a pequena parcela muito rica do País não admite que seus privilégios sejam tocados. Não querem pagar impostos como a maioria dos cidadãos. E não querem que o governo tenha recursos para investir em políticas para a população. Quem votou na Câmara para derrubar a MP que taxava os super ricos votou contra o país e o povo", disse a ministra em publicação na rede social X.
Mais cedo nesta quarta-feira, integrantes do PT culparam, explicitamente, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), além dos presidentes do PP, Ciro Nogueira (PI), e do União Brasil, Antônio Rueda. Disseram que foi graças à articulação deles que o governo enfrentava dificuldades para aprovar a MP.
A crítica feita por Gleisi foi em outra direção. Segue o discurso dos mais ricos contra os mais pobres, feito pelo governo há alguns meses justamente quando começou a se discutir o aumento do IOF. À época, o governo obteve vitórias nas redes sociais com essa narrativa, mesmo que, na prática, a classe média fosse impactada com o aumento do IOF, e não só os mais ricos.