Tarcísio compara tocar empresa no Brasil a enfrentar um jogo eletrônico com obstáculos
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse em evento com empresários que ser executivo de uma empresa no Brasil é mais ou menos como jogar Pitfall no Atari, e que o papel do Estado não é atrapalhar.
"Em algum momento, você tinha de passar por cima de um buraco, por cima de uma serpente, ver um tonto, passar por cima do tonto, ver um escorpião... E aqui o pessoal ainda atira em você. É duro", afirmou. No Pitfall, o jogador move o personagem por uma floresta tipo labirinto em busca de tesouros durante 20 minutos.
O governador afirmou, ainda, que no Estado tem celebrado a chegada do investimento privado e que foi feito um esforço grande para melhorar o ambiente de negócios, para aumentar o número de finais dispensados de licenciamento, para diminuir a burocracia e aumentar a digitalização.
"Mas o fato é que nós aprovamos uma reforma administrativa, cortamos gastos, cortamos cargos, e fizemos permanentemente um exercício de planejamento que era necessário", afirmou ele durante o evento Veja Negócios, Top30 melhores Empresas do Brasil.
Em sua fala, Freitas disse que aritmética e ideologia são duas coisas que não se misturam, e que "não adianta gastar como se não houvesse o dia depois de amanhã, porque a conta vai chegar".
Em relação à Sabesp, privatizada sob sua gestão, ele afirmou que antes da operação se dizia que não era possível privatizá-la "Pois olha aí. E a gente conseguiu fazer uma privatização bonita, pra ser contada", afirmou.
Tarcísio ainda comentou que, um ano depois, já foram feitas 480 mil novas ligações de água, o que representa 1,5 milhão de pessoas, e que também foram feitas 529 mil ligações de esgoto. "Gente que não tinha coleta e tratamento de esgoto, agora tem. Hoje, tratamos 5 bilhões de litros de esgoto a mais por mês".
