O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira, 24, que o trabalho de fiscalização da autarquia nunca tem um ponto final de chegada e que, por isso, trata-se de uma tarefa contínua. "A obra de supervisão nunca está completa, não só da supervisão. O trabalho do Banco Central não tem ponto de chegada; é um ponto contínuo, é um movimento contínuo", afirmou Galípolo, durante o almoço anual da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo.

A fala aconteceu em um painel mediado pela comunicação da Febraban, no momento em que o presidente do BC foi questionado sobre a situação da liquidação do Banco Master.

Além de frisar que a autarquia tem um papel contínuo de fiscalização, Galípolo respondeu que, em relação a questões que envolvem segurança e estabilidade do sistema financeiro, é preciso agradecer ao trabalho do Ministério Público e da Polícia Federal.

"Foi muito importante o trabalho de cooperação e colaboração da maneira que a lei prevê, de quando o Banco Central deve notificar, como foi identificado e notificado pela Diretoria de Fiscalização e Supervisão. É muito gratificante estar dentro do Estado e ver as instituições de Estado funcionando da maneira que elas devem", disse ele.

Ainda em relação à capacidade de fiscalização do BC, Galípolo defendeu que é preciso aumentar o perímetro regulatório das instituições sujeitas ao monitoramento do BC.

Ele também voltou a defender a agenda de autonomia financeira do BC, um tópico que, segundo ele, ainda não avançou na medida que ele gostaria.