Anima tem lucro de R$ 36,5 Mi no 3tri25, alta de 87,9% sobre 3tri24 e avanço em todas verticais

Por Wilian Miron

A Ânima Educação reportou lucro líquido de R$ 36,5 milhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 87,9% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionada pelo crescimento em todas as verticais e pela melhora da eficiência operacional.

Segundo a diretora-presidente da companhia, Paula Harraca, os resultados do período refletem "um conjunto de escolhas acertadas e compromisso em ter consistência".

Entre julho e setembro, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 374,3 milhões, crescimento de 12,1%. A margem Ebitda do trimestre foi de 37,2%, aumento de 1,6 ponto porcentual (p.p.) em base anual de comparação. Essa evolução reflete ações de controle de custos e redução de despesas comerciais.

A receita líquida da empresa no terceiro trimestre foi de R$ 1,005 bilhão, aumento 7,2% em relação ao apurado um ano antes.

Esse resultado foi puxado por desempenhos positivos em todas as linhas de negócios: a Inspirali, voltada à área de saúde, apresentou crescimento de 10,7% no período, e a vertical de Ensino Digital avançou 14,8%, enquanto a Ânima Core cresceu 4,0% no trimestre, em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

A empresa também registrou no trimestre um aumento na base de alunos e no tíquete médio em todas as suas verticais. No segmento Ânima Core, o tíquete médio subiu 6,7%, e a atração de novos alunos avançou 5,4% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. A Inspirali teve alta de 3,8% no tíquete e de 5,1% na quantidade de estudantes, e o segmento de Educação Digital, que passou por um reposicionamento de oferta, teve crescimento de 3,2% na base de alunos e de 6,9% no tíquete médio.

Dessa maneira, a Ânima chegou ao final do terceiro trimestre com 360,8 mil estudantes matriculados, crescimento de 0,6%, em relação ao mesmo intervalo de 2024.

A geração de caixa operacional do trimestre foi de R$ 381,7 milhões, alta anual de 26%, o que ajudou a reduzir o endividamento. Ao final de setembro, a dívida líquida ajustada da Ânima era de R$ 2,808 bilhões, redução de 2,6% em relação a igual período do ano passado. Já a alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda diminuiu 0,31 vez no período, para 2,40 vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado.

Na avaliação do diretor Financeiro da empresa, Átila Simões, os resultados refletem uma política comercial que não está apenas focada na competição por preços e que evidencia a proposta de valor do grupo. Além disso, segundo ele, a companhia tem adotado uma estratégia de maior controle na alocação de capital, o que tem favorecido também os resultados operacionais. "É reflexo de uma mentalidade que dá valor ao dinheiro pago pelo aluno", explica.