DOU: Saúde e Cidades são os ministérios mais atingidos pela contenção do 5º bimestre

Por Flávia Said

Em valores totais, as Pastas mais atingidas pela contenção de gastos estabelecida no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias referente ao 5º bimestre de 2025 foram o Ministério da Saúde e o Ministério das Cidades. A especificação dos órgãos afetados foi feita no Decreto de Programação Orçamentária e Financeira, publicado nesta sexta-feira, 28, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

No 4º bimestre, Saúde e Cidades também haviam sido as duas Pastas mais afetadas pelo então bloqueio, o que é explicado pelo fato de que elas têm dois dos maiores Orçamentos da Esplanada.

A contenção total definida pelo governo foi de R$ 7,7 bilhões, dos quais R$ 4,4 bilhões referem-se a bloqueios de despesas discricionárias para atendimento de despesas obrigatórias e R$ 3,3 bilhões a contingenciamento de despesas discricionárias para atingimento da meta de resultado primário. Desse total, quase 35% são emendas parlamentares - RS 2,6 bilhões (R$ 1,9 bilhão de bloqueio e R$ 755,4 milhões de contingenciamento).

No caso da Saúde, a contenção total (incluindo emendas) foi de R$ 1,6 bilhão - resultado da soma de um bloqueio de pouco mais de R$ 1 bilhão com um contingenciamento de pouco mais de R$ 565,4 milhões. Já no Ministério das Cidades, a contenção de R$ 1,4 bilhão foi dividida em R$ 907,5 milhões de bloqueio e R$ 511,4 milhões de contingenciamento.

Os recursos dos demais ministérios afetados são inferiores a R$ 1 bilhão, cada um. O Ministério da Educação, por exemplo, terá uma contenção de R$ 300,7 milhões, referente apenas a emendas parlamentares.

Não foram atingidas a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e a Agência Nacional do Cinema (Ancine). Já o Banco Central (BC), cuja dotação é de R$ 502 milhões, foi preservado desta e das contenções de despesas anteriores.

Os órgãos têm até 1º de dezembro para indicar as programações que serão efetivamente bloqueadas ou contingenciadas. Em relação às emendas parlamentares, o processo de distribuição da contenção segue regras e prazos próprios, podendo haver ajustes conforme a priorização do Poder Legislativo.

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