O colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aceitou o acordo de R$ 705 mil proposto por Leonardo George de Magalhães, ex-diretor de Relações com Investidores (DRI) da Cemig, para encerrar processo relacionado a um vazamento de notícias sobre a eventual federalização da companhia.

O caso se originou em 18 de novembro de 2023, quando circulou na mídia a informação de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, estaria articulando a federalização da Cemig para abater dívidas de Minas Gerais. Nos dias seguintes, houve troca de ofícios da reguladora solicitando esclarecimentos da companhia e mais notícias publicadas na mídia sobre o tema.

A companhia publicou comunicado ao mercado no dia 22 e fato relevante no dia 23 de novembro, informando que a alternativa de federalizar as estatais estaduais ainda seria objeto de análise minuciosa pelos governos federal e estadual e que ainda não haveria qualquer manifestação ou aceite do governo do estado. Seguiram-se novas demandas da reguladora e comunicações da empresa nos dias seguintes.

"O DRI optou por divulgar comunicado ao mercado, mas somente após provocado pela CVM e após o fechamento do pregão, às 22h12min do dia 22.11.2023, ignorando as oscilações identificadas nos dias 20 e 22.11.2023, afastando-se do princípio da ampla divulgação de informações que deve nortear o comportamento das companhias abertas e de seus administradores", afirmou a área técnica da reguladora.