O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, herdou um "inferno" nas contas públicas do ex-presidente Jair Bolsonaro. Afirmou ainda que a relação com o mercado financeiro é "muito difícil" porque "os indicadores (da economia) não são reconhecidos".

Haddad declarou, ainda, que 2026 será um ano igualmente "muito difícil" por causa da disputa eleitoral e do que ele chamou de "guerra de comunicação". A fala se deu durante a reunião ministerial com Lula na Granja do Torto nesta quarta-feira. Haddad foi um dos ministros a fazer uma fala inicial no encontro.

"Não é fácil manter, nas condições do Brasil, sobretudo na relação com o mercado financeiro, muito difícil a relação, porque os indicadores não são reconhecidos, é como se Lula tivesse herdado um paraíso e estivesse com problemas nas contas, mas não, ele herdou um inferno, depois de sete anos de direita e extrema-direita", afirmou o ministro.

Em seguida, após reclamar da relação com o mercado financeiro, ele continuou o raciocínio elogiando o presidente Lula: "Manter crescimento, emprego, inflação baixa e em uma tensão artificialmente construída na política e na economia não é para qualquer um".

Haddad disse que há "muitos desafios pela frente". "Vai ser um ano muito difícil, como todos sabem, sobretudo a guerra de comunicação, de narrativas. Vai continuar um inferno na vida de todos nós. É um desafio lidar com essas redes sociais, com (o que é) a verdade", declarou o ministro.

"Nada pode expressar mais o nosso desafio do que o slogan 'Ano que vem será o ano da verdade'. Se a gente transformar o ano que vem no ano da verdade, vamos ter mais quatro anos de trabalho sobre a Presidência do presidente Lula", completou Haddad.