Bolsas da Europa sobem e Londres tem desempenho travado por queda inesperada do varejo
As bolsas europeias têm desempenhos distintos nesta sexta-feira, 19, com Londres enfrentando resistência para aderir ao bloco de mercados em alta após queda inesperada das vendas do varejo e mesmo após recuo dos empréstimos tomados pelo governo britânico em novembro. Ações ligadas a defesa têm reações distintas após a União Europeia aprovar financiamento para a Ucrânia, o que fortalece a capacidade do país no enfrentamento do poderio russo.
Por volta das 7h23 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 estava em alta de 0,02%, aos 585,51 pontos. No mesmo horário, a Bolsa de Frankfurt subia 0,23%. Londres tinha variação positiva de 0,01% e Paris apresentava ganho de 0,10%. Os mercados de Milão e Lisboa avançavam 0,37% e 0,41%, respectivamente. Madri marcava +0,02%.
"O período caótico que antecedeu o Orçamento afetou o consumo, levando as vendas no varejo a duas quedas mensais consecutivas, após uma sequência de quatro altas entre junho e setembro. Os descontos antecipados da Black Friday deram um pequeno impulso às vendas, mas suspeitamos que apenas marginalmente", avalia a Pantheon Economics. "É provável que as vendas no varejo contribuam de forma negativa para o crescimento do PIB do quarto trimestre", observam analistas da instituição.
Em Londres, o índice FTSE 350 General Retailers cedia 0,33%. A rede de lojas de livros e revistas WHSmith recuava 4,7% e a varejista de eletrodomésticos Currys perdia 2,9%. Outra representante importante do varejo britânico, a Marks & Spencer era negociada em queda de 1,3%.
As ações de defesa tinham desempenhos distintos após aval de líderes da União Europeia (UE) a um empréstimo sem juros de 90 bilhões de euros à Ucrânia para cobrir necessidades militares e orçamentárias em 2026 e 2027. Os recursos serão levantados no mercado e não mediante congelamento de ativos russos. A Rheinmetall cedia 0,19% em Frankfurt e a Leonardo ganhava 0,75% em Milão.
Em Madri, o BBVA subia 1,6% depois de receber autorização do Banco Central Europeu para recompra de ações. O banco anunciou o lançamento de um programa de recompra de ações no valor de até 3,96 bilhões de euros (US$ 4,64 bilhões), numa tentativa de aumentar o retorno aos acionistas após o fracasso da sua oferta de aquisição do Sabadell.
