Buscas e prisões ocorrem em Santa Catarina e em Goiás

Uma operação da Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro (DLAV/DEIC) da Polícia Civil de Santa Catarina, nesta segunda-feira (26), faz prisões e buscas contra um grupo que supostamente vendida medicamentos falsos e anabolizantes. As investigações começaram quando uma vítima catarinense adquiriu e aplicou um Ozempic falso. O medicamento é usado como emagrecedor. À época, em outubro do ano passado, a mulher foi parar na UTI por conta das complicações. Exames indicaram que, na verdade, o medicamento enviado para ela era insulina.

A operação da DLAV/DEIC cumpre sete mandados, sendo duas prisões. Um dos presos é o homem que enviava os medicamentos em Santa Catarina. Ele foi preso em Jaraguá do Sul, onde mora. A ação é chamada de operação “Reação Adversa”. Os mandados são cumpridos em três cidades de SC e também em Catalão (GO). Os trabalhos contaram com o apoio da Polícia Civil de Goiás, do Laboratório de Tecnologia em Lavagem de Dinheiro da DEIC e das DICs de Canoinhas e de Campos Novos.

O foco principal, segundo os investigadores, é “desarticular um grupo criminoso especializado em falsificar, adulterar e comercializar anabolizantes e medicamentos de alto valor, crime cuja pena prevista é de 10 a 15 anos de reclusão, é também tipificado como hediondo pelo ordenamento jurídico”. A investigação teve início após a denúncia de uma vítima que sofreu complicações graves ao usar um medicamento para emagrecer falsificado (Ozempic falso). Além disso, afirmam as investigações, os alvos comercializavam anabolizantes, remédios abortivos e outros medicamentos não legalizados pela Legislação brasileira.

O grupo criminoso obtinha medicamentos vencidos, removia as datas de validade reais e adulterava-as para datas ainda válidas, conforme as apurações. Uma gráfica participava na produção de caixas idênticas às originais dos medicamentos falsificados. A comercialização ocorria principalmente através de redes sociais, por preços abaixo dos valores praticados no mercado. Com a operação, veículos de luxo e imóveis adquiridos com o lucro ilícito foram apreendidos e indisponibilizados para posterior reparação às vítimas.

Os investigados poderão responder ainda por tentativa de homicídio com dolo eventual.

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