Recuperação das pontes e estradas foi uma das prioridades no pós enchente de 1983
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Nas edições das últimas duas semanas, o Correio do Norte relembrou a cronologia dos fatos vivenciados pelos moradores da região no inverno de 1983, quando a maior enchente que se tem registro, causou inúmeros transtornos e prejuízos aos moradores. Nesta edição, o Correio do Norte relembra como foi o pós enchente. Para os moradores, o período foi marcado pela contabilização dos prejuízos. Foram casas e carros tornados inutilizáveis, bens perdidos ou danificados e empresas que sofreram com impossibilidade de trabalhar, danos posteriores em maquinário e estrutura, e para o agronegócio, a safra foi praticamente toda perdida.
A infraestrutura da região também foi muito prejudicada. Estradas se tornaram intransitáveis, houveram deslizamentos e quedas de pontes, que foram tratados como prioridade de investimento após o fim da enchente. A impossibilidade de mobilidade acarreta diversos problemas para a economia, e até mesmo prejudicou a retomada de diversas atividades. Por esse motivo, o Ministério dos Transportes, à época, se mobilizou em auxiliar os municípios a sanarem esse problema. Confira, na íntegra, uma reportagem publicada pelo Correio do Norte no dia 10 de setembro de 1983, falando sobre as prioridades de investimento anunciadas pelos prefeitos dos municípios da região:
O Ministro dos Transportes, Cloraldino Severo, assinou terça-feira na cidade serrana de Lages, convênio com 195 prefeituras do Estado, a fim de que cada município possa recuperar suas estradas no interior, grandemente prejudicadas pelas chuvas e enchentes deste ano. O totalfoi de 2 bilhões de cruzeiros, que veio para Santa Catarina para recuperação das estradas (pontes e bueiros) sob suaresponsabilidade e outra parte destinada aos municípios: Êste Cr$ 1 bilhão é a primeira parte de um convênio que totalizará Cr$ 3 bilhões e 500 milhões, a serem distribuídos ainda neste ano, segundo o que garantiu o Ministro Cloraldino Severo.A distribuição destes recursos obedeceram a dados levantados pelo DER e DENERe a quantia que coube aos prefeitos presentes, foi insuficiente. O Prefeito Municipal José João Klempous ao voltar da viagem que fez a Lages, declarou que "esta parcela é insignificante para fazer frente às reais necessidades que ternos no setor viário, da cidade e interior do município" Segundo fomos orientados, nós Prefeitos, teremos que aguardar instruções detalhadas do Governo, no sentido de- como, deveremos aplicar os recursos recebidos, Mas como nossas necessidades são, urgente, vamos utilizar estes 9 milhões de cruzeiros desde já, na compra de óleo diesel, pagamento de pessoal, e enfim em todas as despesas que tivermos na recuperação de pontes, bueiros e estradas". Já o Prefeito Oscar Grossl, de Iríneópolís, que recebeu Cr$ 9 milhões e 500 mil, afirma que esta quantia será aplicada, inicialmente, somente na recuperação de pontes e bueiros "para cuja finalidade nos foi remetida esta verba. Quanto aos demais setores, ainda serão liberadas outras parcelas até o final do ano. O Prefeito de Três Barras, Pedro MerhySeleme, queenviou a Lages o seu Vice, Adhemar Schumacher, informou que recebeu um cheque no valor de Cr$ 6 milhões e 500 mil, cuja, malha viária é menor que do município de Canoinhas, ao dar a entrevista, o Prefeito Tresbarrense anunciou que estava embarcando para Florianópolis, onde nas várias esferas do Estado, deveria manter contatos para liberação de novos recursos.
http://hemeroteca.ciasc.sc.gov.br/jornais/correiodonortecanoinhas/1983/CDN19831735.pdf
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