A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados realizou nesta quarta-feira, 9, audiência pública para discutir o posicionamento do Brasil na 11ª Conferência das Partes (COP 11) da Convenção-Quadro da Organização Mundial da Saúde para o Controle do Tabaco, que será realizada em novembro, em Genebra, na Suíça.

Prefeita em exercício de Canoinhas, Zenilda Lemos, esteve em Brasília para defender as 2.700 famílias canoinhenses que trabalham com o fumo no município.

“É fundamental discutir e definir com antecedência a posição do Brasil nesse encontro internacional, considerando que o país ocupa, há mais de três décadas, a liderança mundial na exportação de tabaco. Canoinhas é o sétimo produtor de tabaco do país e segundo município com maior produção em Santa Catarina”, comenta Zenilda.

A efetivação de medidas propostas na COP-11 pode causar danos irreparáveis para os produtores de tabaco e para um setor de importância econômica reconhecida no Brasil. “Em Canoinhas, a produção de tabaco é a nossa principal atividade econômica agrícola”, salienta Zenilda.

Acompanhou a prefeita o Secretário de Desenvolvimento Rural de Canoinhas, Gildo Stoker, e vereadores. “Na audiência destacamos que é importante dar mais visibilidade à cadeira produtora e por isso será criado um fórum. Também estamos reivindicando a participação de representantes da cadeia produtiva na COP-11”, afirma Stoker.

Um documento foi elaborado e será enviado via comissão de agricultura ao Governo Federal solicitando que os produtores rurais sejam incluídos na comitiva que irá a Suíça no final de ano.

Stoker fez uso da palavra durante a audiência pública e destacou a importância dos agricultores para Canoinhas: “são quase 10 mil pessoas envolvidas na produção do tabaco em Canoinhas, uma cidade com pouco mais de 55 mil habitantes, que somente no último ano injetou R$ 230 milhões na nossa economia. É dinheiro limpo, dinheiro à base de suor que foi trazido e gasto na nossa cidade”, argumentou.