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Tradições culturais de Canoinhas, como a erva-mate, festas religiosas e costumes do tropeirismo, seguem vivas e moldam a identidade da cidade (Fotos: Foto: Verinhaa / Wikimedia Commons – Licença CC BY-SA 3.0)
Do chimarrão à religiosidade popular, conheça as tradições que seguem vivas na rotina e na identidade cultural dos canoinhenses
As tradições culturais de Canoinhas são parte essencial da identidade do município e ajudam a explicar por que a cidade é considerada referência no Planalto Norte de Santa Catarina. Mesmo diante das mudanças sociais, práticas ligadas à erva-mate, à religiosidade, à vida comunitária e à memória do tropeirismo permanecem vivas no cotidiano canoinhense.
A cultura da erva-mate
Conhecida como Capital Nacional da Erva-Mate, Canoinhas construiu sua economia e cultura em torno dessa planta. O hábito do chimarrão e do tereré atravessa gerações, sendo símbolo de hospitalidade e convivência.
Eventos locais e festas comunitárias frequentemente valorizam a erva-mate, reforçando a ligação histórica da cidade com esse produto.
Festa da Colheita e celebrações religiosas
A Festa da Colheita, realizada em várias comunidades do interior, simboliza a gratidão pela produção agrícola. Agricultores levam para as igrejas ou salões comunitários grãos, hortaliças, frutas, pães e produtos caseiros, que são abençoados e depois compartilhados em almoços coletivos.
As festas dos padroeiros, comuns em comunidades católicas, também unem fé e cultura popular, com missas, procissões, leilões e encontros que reforçam a identidade coletiva.
O legado do tropeirismo
O tropeirismo deixou marcas profundas em Canoinhas. A Estrada da Mata, rota usada para o transporte de gado entre o Rio Grande do Sul e São Paulo, atravessava a região e impulsionou a ocupação do território.
Costumes alimentares, como o feijão tropeiro e o churrasco campeiro, além da hospitalidade típica, são heranças desse período. O espírito de coletividade que ainda marca a vida rural também remonta a esse tempo.
Diversidade étnica e gastronomia
A formação de Canoinhas envolveu diferentes etnias. Caboclos paulistas e ervateiros paranaenses se uniram a imigrantes poloneses, ucranianos, alemães, italianos e sírio-libaneses, que chegaram entre o final do século XIX e início do XX.
Essa diversidade moldou a gastronomia típica, que vai de cucas e salsichas artesanais a pratos como pierogi e massas caseiras. Nas festas comunitárias, essa herança cultural continua sendo celebrada e transmitida.
Música, dança e vida comunitária
As tradições culturais de Canoinhas também aparecem na música e na dança. Bailes em salões comunitários, apresentações folclóricas e encontros culturais seguem reunindo diferentes gerações.
Essas práticas reforçam valores de convivência, mantêm vivas memórias coletivas e oferecem às novas gerações contato direto com a cultura dos antepassados.
Educação e preservação cultural
Instituições como a Universidade do Contestado (UnC) e o Instituto Federal Catarinense (IFC) desempenham papel importante na preservação da cultura local, por meio de pesquisas históricas e ações educativas.
Associações comunitárias e religiosas também contribuem, organizando festas e atividades que mantêm as tradições ativas.
As tradições culturais de Canoinhas não são apenas lembranças do passado: elas são parte da vida cotidiana e do orgulho regional. Da erva-mate ao tropeirismo, das festas religiosas à pluralidade étnica, cada elemento reforça a identidade canoinhense.
Preservá-las significa valorizar a história, fortalecer a comunidade e garantir que futuras gerações mantenham vivo o legado cultural que distingue Canoinhas no Planalto Norte de Santa Catarina.
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