Câmara de Vereadores de Três Barras promove palestra sobre prevenção ao suicídio no Setembro Amarelo

Por Ascom

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Durante a sessão ordinária desta semana, a Câmara de Vereadores de Três Barras recebeu o médico anestesista Dr. Ricardo de Oliveira Dreweck, com longa atuação no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), para uma palestra integrada à programação do Setembro Amarelo, mês dedicado à conscientização e prevenção do suicídio. O profissional enfatizou que o suicídio é uma das principais causas de morte evitáveis no mundo e que a prevenção deve priorizar abordagens que vão além do técnico, como ouvir e acolher para salvar vidas. O evento destacou a importância de ações de saúde pública para combater o problema.
Dados apresentados revelam a gravidade da questão: uma morte por suicídio ocorre a cada 40 segundos globalmente, com cerca de 14 mil casos anuais no Brasil, sendo a quarta causa principal entre jovens de 15 a 29 anos. Em Santa Catarina, a taxa é de 8 casos por 100 mil habitantes, superior à média nacional de 6. No município de Três Barras, foram dois casos em 2024 e três apenas em 2025 entre pacientes do CAPS. Dr. Ricardo desmistificou crenças comuns, afirmando que falar sobre suicídio não induz o ato, mas pode ser o primeiro passo para a prevenção; que não se trata de fraqueza de caráter, mas de transtornos psiquiátricos e sofrimento intenso; e que tentativas prévias demandam acompanhamento rigoroso e apoio familiar.
Os fatores de risco incluem transtornos mentais como depressão, bipolar, esquizofrenia e dependência química, além de isolamento social e histórico familiar, enquanto a proteção vem de acesso a tratamento, suporte familiar e social, autoestima e resiliência. A escuta ativa sem julgamentos é essencial para reconhecer sinais como "cansei de viver", tratando casos iminentes como emergências médicas. Recursos de apoio incluem CAPS para saúde mental, UPA para urgências e CVV (ligue 188, 24h). Sob o tema "Ouvir pode salvar vidas", Dr. Ricardo concluiu que a conscientização em escolas e comunidades é vital, pois intenções suicidas são compartilhadas com pelo menos três pessoas antes do ato – escutar pode mudar tudo.