O município de Mafra registrou, de janeiro a setembro de 2025, ocorrências envolvendo escorpiões em diferentes bairros, tanto na captura dos animais quanto em acidentes notificados. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Vigilantos (DIVE/SC).

Os escorpiões encaminhados para análise ao laboratório de referência chegaram ao setor de Vigilância Epidemiológica de Mafra por demanda espontânea, trazidos pela própria população. A identificação dessas amostras é fundamental, pois permite conhecer as espécies que habitam o município. Até o momento, foi confirmada a presença da espécie Tityus costatus.

Em relação aos acidentes notificados envolvendo escorpiões, a maioria dos atendimentos ocorreu na Unidade de Pronto Atendimento Padre Aldo Seidel (UPA) de Mafra.

Bairros com maior número de capturas

Segundo o levantamento, os bairros Centro (8 registros), Restinga (4) e Jardim do Moinho (3) lideram a lista de locais onde escorpiões foram capturados e enviados ao laboratório de entomologia para análise. Vila Nova (2) e Vila Formosa (1) também aparecem no levantamento.

Frequência mensal de capturas

A maior concentração ocorreu em maio, com 7 escorpiões capturados. Em seguida aparecem janeiro (5) e setembro (3). Nos meses de março e junho, os registros foram menores (2 e 1, respectivamente).

Acidentes com escorpiões

Entre janeiro e setembro de 2025, o SINAN registrou sete acidentes no município. Os casos ocorreram de forma distribuída ao longo dos meses, com destaque para fevereiro e setembro, cada um com 2 notificações. Janeiro, abril e agosto tiveram um caso cada.

Bairros com acidentes notificados

Os acidentes aconteceram em diferentes regiões: Jardim do Moinho e Restinga aparecem com 2 registros cada. Já os bairros Centro, São Lourenço e Vila Nova tiveram um caso cada.

Monitoramento constante

A Vigilância em Saúde reforça que o monitoramento é fundamental para a prevenção. O trabalho envolve a captura, identificação e mapeamento das áreas de maior incidência, além da orientação à população sobre medidas de proteção.

População deve fazer sua parte

O único método para deter sua disseminação é evitar que se reproduza, eliminando seus habitats: os 5 A’s – abrigo, ambiente, acesso, alimento e água. A Vigilância Epidemiológica alerta que nos períodos mais quentes do ano há maior incidência desses animais. Portanto, o combate ao escorpiões deve ser uma ação conjunta com a população, pois o perigo atinge a todos e não basta um morador cuidar apenas do seu espaço, da sua casa ou do seu quintal, se o vizinho não adotar as mesmas medidas preventivas. Vale lembrar que ao realizar a limpeza de terrenos e entulhos, locais onde pode haver escorpiões e outros perigos (animais peçonhentos), a pessoa deve utilizar equipamentos de segurança como botas e calçados fechados, calça comprida, camiseta manga longa com punho justo, luvas (preferencialmente de couro) e manter crianças e animais longe do local.

Caso você capture um ou mais escorpiões, encaminhe-os o mais rápido possível à Vigilância Epidemiológica, localizada na Rua Marechal Floriano Peixoto, s/n, anexa à ESF Central.

Em situações de acidente, caso tenha coletado o escorpião, orienta-se que este seja acondicionado em um frasco com tampa, preferencialmente de rosca, e levado junto ao atendimento de saúde.

Vale reforçar que o manejo de escorpiões requer cuidados específicos para evitar novos acidentes. Por esse motivo, a captura deve ser realizada, sempre que possível, por profissionais treinados, não sendo indicada para pessoas sem experiência. Não arrisque sua segurança.

Aconteceu um acidente. E agora?

Em caso de picada, a orientação é buscar atendimento imediato na UPA 24 horas, localizada na Av. Cel. Severiano Maia, Jardim América.

De olho no ambiente

Em caso de avistamento, entrar em contato com a Vigilância em Saúde pelo telefone: 47 99233-0307.

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