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Irmãs Mirabal: conheça a história por trás do dia 25 de novembro, Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra a Mulher. (Fotos: @midianinja)
Irmãs Mirabal: conheça a história por trás do dia 25 de novembro, Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra a Mulher.
Celebrado anualmente em 25 de novembro, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres é uma data de luta, conscientização e memória. Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999, a data tem como objetivo alertar a sociedade e os governos sobre os diversos tipos de violência sofridos por mulheres e meninas em todo o mundo, e mobilizar esforços para seu combate.
A Origem Trágica: As Irmãs Mirabal
A escolha do dia 25 de novembro é carregada de simbolismo e remete a um trágico evento ocorrido na República Dominicana em 1960. Nessa data, as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, conhecidas como "Las Mariposas" ("As Borboletas"), foram brutalmente assassinadas por ordem do ditador Rafael Trujillo.
As irmãs eram formadas, ativas e fortes opositoras do regime ditatorial. Sua luta por justiça e liberdade e sua morte violenta transformaram-nas em símbolos da resistência feminina e do custo extremo da luta pelos direitos humanos. A data, portanto, não é uma celebração, mas um dia de denúncia e homenagem a todas as vítimas da violência de gênero.
O Que se Entende por Violência contra a Mulher?
A violência de gênero não se resume à agressão física. A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), um marco no Brasil, define claramente as formas de violência doméstica e familiar contra a mulher:
Violência Física: Qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal (empurrões, socos, queimaduras).
Violência Psicológica: Ameaça, humilhação, constrangimento, isolamento, controle de roupas e amizades, destruição de objetos pessoais.
Violência Sexual: Estupro, obrigar a assistir ou praticar atos sexuais indesejados, impedir o uso de métodos contraceptivos.
Violência Patrimonial: Controlar, reter ou destruir bens, documentos pessoais e recursos financeiros.
Violência Moral: Caluniar, difamar ou injuriar a reputação da mulher.
Além dessas, existem outras formas graves, como o feminicídio (homicídio de uma mulher por razões da condição de sexo feminino), o assédio sexual no ambiente de trabalho e a violência obstétrica.
Os Objetivos da Data
O 25 de novembro visa:
Dar Visibilidade ao Problema: Mostrar que a violência contra a mulher é uma violação de direitos humanos e uma pandemia global, que ocorre em todas as classes sociais, etnias e religiões.
Promover a Prevenção: Enfatizar a necessidade de educação para a igualdade de gênero desde a infância, desconstruindo estereótipos machistas que perpetuam a violência.
Incentivar a Denúncia: Informar as mulheres sobre seus direitos e os canais de ajuda, como a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), a Polícia (190) e as Delegacias da Mulher (DEAMs).
Cobrar Políticas Públicas: Pressão para a implementação e o fortalecimento de leis, a criação de mais delegacias especializadas, casas-abrigo e centros de apoio.
Os 16 Dias de Ativismo
O dia 25 de novembro marca o início da campanha mundial "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres", que se estende até o Dia dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro. Esse período simboliza a ligação entre a luta contra a violência de gênero e a defesa dos direitos humanos universais.
Como Participar e Apoiar a Causa?
A luta pelo fim da violência contra a mulher é responsabilidade de toda a sociedade. Você pode contribuir:
Informando-se: Aprenda sobre os tipos de violência e a Lei Maria da Penha.
Apoiando uma Vítima: Se você conhece alguém que sofre violência, ouça sem julgamento, acredite nela e a oriente a buscar ajuda.
Denunciando: A violência doméstica é um crime. Se você testemunhar, denuncie. O silêncio é cúmplice.
Conscientizando: Use suas redes sociais para compartilhar informações confiáveis e canais de ajuda, usando as hashtags da campanha.
Educando para a Igualdade: Ensine às novas gerações o respeito, a empatia e a igualdade de gênero.
Canais de Ajuda no Brasil:
Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher (grátis e confidencial)
Disque 190: Polícia Militar (em caso de risco iminente)
Disque 100: Direitos Humanos
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